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Justiça dos EUA proíbe avó de ver S.

Advogado da família brasileira diz que vai recorrer da decisão da justiça norte-americana que impediu visita

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Por Redação
Atualização:

O advogado Sérgio Tostes, que representa a família brasileira do garoto Sean, de 10 anos, levado em dezembro pelo pai americano, David Goldman, após uma disputa judicial no Brasil, disse na sexta-feira, 2, que vai recorrer da decisão da Justiça de Nova Jersey (EUA), que negou um pedido da avó materna, Silvana Bianchi, para visitá-lo. A avó, que está nos EUA, deverá voltar neste domingo ao Brasil. "O pai sempre negou e impediu o contato", afirmou o advogado.

 

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Segundo Tostes, o pedido de Silvana foi baseado na Convenção de Haia, o mesmo argumento usado pelo pai na Justiça brasileira para conseguir ficar com o filho. "Ele alegava que (o contato) seria prejudicial à adaptação da criança. Também obrigava que os telefonemas fossem em inglês, para que pudesse monitorar as conversas. Não restou alternativa a não ser ir à Corte com um pedido para ter direito à visitação, com base na Convenção de Haia", declarou.

 

A Justiça norte-americana, como relatou Tostes, aceitou os argumentos de Goldman, de que no momento a visitação "seria prejudicial e poderia atrapalhar o relacionamento com o pai". Ainda de acordo com o advogado, houve apenas um encontro da avó com o neto depois que ele foi para os EUA, mas "foi um fracasso total", por causa das "restrições".

 

"É evidente que isso significa que ele (Sean) não quer ficar nos EUA. Ele (Sean) conseguiu mandar um e-mail escondido usando um videogame e disse que está muito infeliz, morrendo de saudade e inseguro", afirmou o advogado.

 

Esta semana a família brasileira do menino deve decidir as medidas a serem tomadas na Justiça norte-americana e no Brasil. "A ação brasileira não está encerrada. Tenho confiança que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai permitir que ele (Sean) se manifeste. Confio na Justiça brasileira", disse o advogado. "Trazê-lo se volta é outro problema."

 

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