Justiça lacra propriedades de Moon no Mato Grosso do Sul

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Por Agencia Estado
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A juíza Vânia de Paula Arantes Cardotte, da 1ª Vara da Justiça da Comarca de Miranda, Pantanal de Mato Grosso do Sul, decidiu lacrar um hotel e os galpões onde ficam as máquinas agrícolas da Fazenda Salobra, propriedade da Salobra Hobby Empreendimentos. A empresa está no rol das propriedades do sul-coreano Yung Sung Moon, de 84 anos, presidente mundial da Associação para Unificação das Famílias e Paz Mundial. A magistrada teve com base pedido do promotor de Meio Ambiente daquela cidade, Fernando Jorge Esgaib. No final da manhã desta sexta-feira, a oficial de Justiça Jacira Cipriano fez a notificação e a ordem foi cumprida sem a menor reação contrária. Segundo informações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, não existem documentos legais para que as obras do Hotel Fazenda Salobra, que fica a 20 quilômetros do centro de Miranda, sejam executadas em áreas de preservação ambiental permanente. Os responsáveis estão cientes do problema desde agosto último, quando foram notificados para regularizar a situação. A decisão prevê ainda multa diária equivalente a R$ 1 milhão, se a ordem for desrespeitada. Também foi deferido o pedido de busca e apreensão de bombas de combustíveis, embarcações, charretes, caminhões, tratores e outras maquinarias pertencentes à Salobra Hobby que estejam dentro da área e do hotel. Existem pedidos para interdição de outras fazendas do referendo Moon situadas nos municípios de Jardim e Porto Murtinho, pelos mesmos motivos. No caso do Hotel Salobra, o advogado da empresa, Ary Fonseca, vai ingressar na próxima segunda-feira com pedido de contestação na Comarca de Miranda e agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele chamou de absurda a decisão da Justiça de lacrar o Hotel Fazenda Salobra e os galpões que abrigam a maquinaria. Disse que, desde agosto de 2001, "equipes realizaram várias vistorias. Nenhuma obra foi realizada após a determinação judicial, mas, como eram equipes diferentes, acreditavam que havia inovações".

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