Justiça mantém condenação de dentista pela morte de mulher

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo manteve, por unanimidade, a sentença que condena o dentista Paulo de Figueiredo Júnior, de 48 anos, a 19 anos de prisão pelo assassinato de sua mulher, Alba Lucínia Panza de Figueiredo. O crime, conhecido como caso Alba, ocorreu há 16 anos, em Campinas. O corpo da vítima jamais foi encontrado. O dentista foi julgado em Campinas em agosto de 1999 e condenado a 19 anos de cadeia por homicídio duplamente qualificado. Mas a defesa recorreu ao TJ para anular o julgamento. O pedido foi indeferido, e o Tribunal manteve a sentença nesta segunda-feira à tarde. O advogado de Figueiredo Júnior, Tales Castelo Branco, afirmou que vai recorrer novamente, desta vez ao Superior Tribunal de Justiça. O réu, que ficou preso um ano e obteve habeas-corpus durante o processo, aguardava a decisão do TJ em liberdade. Mas a Justiça decretou a prisão dele logo após a confirmação da condenação. Castelo Branco garantiu que seu cliente, apesar de inocente, deve entregar-se nos próximos ?dois ou três dias?. ?Ele me disse que prefere cumprir uma pena injusta do que viver foragido e levando uma vida de medo?, disse o advogado. Segundo cálculos do promotor criminal de Campinas Ricardo Silvares, o acusado deverá permanecer preso, em regime fechado, por cerca de dois anos, cumprirá ainda dois anos em regime semi-aberto e o resto da pena em regime aberto. Ele comentou que o recurso do advogado não poderá questionar o mérito do processo.

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