
23 de outubro de 2010 | 00h00
O Ministério Público recorreu e conseguiu que a PF permanecesse com as informações contidas em dois notebooks, três discos rígidos de outros computadores e cinco pen drives.
O pedido de explicações ao TRE levou a juíza a se declarar suspeita e a se afastar do processo. Segundo investigadores, ela teria conversado com Jorge Viana antes de deferir a liminar para a devolução dos computadores e destruição de possíveis provas.
Jorge Viana negou que tenha conversado com Arnete Guimarães e afirmou que sua campanha correu "100% dentro da legalidade". Ele levantou dúvidas sobre a legalidade da operação da PF, baseada numa denúncia anônima. "É possível que pessoas que deveriam guardar a Constituição e as leis possam estar agindo ao arrepio de ambas. Mas este é um assunto para a Justiça."
E negou as suspeitas de que tivesse reunido em seu escritório listas com nomes de eleitores e números dos respectivos títulos e locais de votação. "Jamais realizei qualquer ato contrário à legislação eleitoral no curso da minha campanha", disse. "Ao contrário do que é informado na reportagem, jamais mantive contato pessoal ou por telefone ou qualquer outro meio com a desembargadora Arnete Guimarães para tratar do conteúdo do mandado de segurança, assim como qualquer pessoa vinculada a mim. Fui representado exclusivamente por intermédio de meus advogados em todos os procedimentos judiciais relacionados ao caso."
Viana relatou que os agentes da PF entraram em seu escritório de campanha na madrugada do dia 2. Esses policiais, segundo ele, disseram não ter encontrado indícios de irregularidade.
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