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Justiça prorroga tempo de prisão de cinco detidos no Rio

Presos estão no complexo de Bangu sob a acusação de formação de quadrilha, por participar de manifestações de rua

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Atualizada às 19h01

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RIO - A Justiça determinou a prorrogação, por mais cinco dias, da prisão temporária das cinco pessoas acusadas de formação de quadrilha, por participarem de manifestações de rua. São elas: Eliza Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, Tiago Teixeira Neves da Rocha, Eduarda Oliveira Castro de Souza, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan e Igor Pereira D’Icarahy.

O juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, que havia determinado a prisão deles na antevéspera da final da Copa do Mundo no Maracanã, foi quem definiu a extensão do período delas no complexo penitenciário de Bangu, atendendo à demanda da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática (DRCI). Eles estão separados dos demais detentos.

O juiz ressaltou que as investigações ainda estão em curso e que ao efetuarem as prisões os policias encontraram com os acusados “armas e material para a confecção de coquetéis molotov e outros explosivos, o que robustece ainda mais os indícios de existência da associação investigada.”

Dezessete mandados de prisão temporária foram cumpridos no sábado. Doze pessoas tiveram a liberdade determinada pela Justiça na terça-feira à noite, mas até as 18 horas desta quarta permaneciam em Bangu. Amigos e parentes passaram o dia todo na entrada do complexo à espera da liberação e reclamaram da falta de detalhes sobre as acusações. 

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o documento para a soltura delas não havia chegado à unidade. O juiz Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, acatou os pedidos de habeas corpus por acreditar que não havia motivo para que eles tivessem sido encarcerados no sábado. Na ocasião, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que o objetivo das prisões era evitar atos violentos no dia do jogo.

Darlan informou que só recebeu 12 pedidos de habeas corpus, mas o advogado Marcelo Chalréo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, que presta assistência a todos os casos, disse que os 17 foram incluídos nos documentos.

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“Os outros cinco devem ser casos em que havia outros elementos, como presença de explosivos. As informações estão muito desencontradas. Os advogados não estão tendo acesso às acusações, então a defesa fica muito mais difícil. A situação é caótica”, criticou Chalréo. Sete pessoas continuam foragidas.

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