O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região decidiu na quarta-feira, 9, mandar libertar dois suspeitos investigado na Operação Furacão, da Polícia Federal, e permitiu que contraventor Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de 83 anos, permaneça preso em regime domiciliar. Segundo o tribunal, a defesa de Kalil juntou ao processo laudos médicos que compravam que ele tem problemas de saúde, como hipertensão e Mal de Alzheimer. Outros 11 acusados, que também ingressaram com habeas-corpus no tribunal, tiveram seus pedidos negados. A 6ª Vara Criminal do Rio decretou a prisão preventiva deles por conta das denúncias feitas pelo Ministério Público Federal a partir das Operações Ouro de Tolo e Rescaldo. Ambas foram realizadas como desdobramento da Furacão, efetuada em 2005 para desarticular um suposto esquema de exploração de casas de bingo, corrupção de agentes públicos e contrabando de componentes de caça-níqueis. No TRF, os 14 acusados contestavam a ordem de prisão preventiva, pois a determinação da primeira instância conflitaria com a posição do Supremo Tribunal Federal, que havia concedido liminares para soltar os réus. Alegavam ainda que as últimas denúncias de contrabando, crime contra a economia popular e formação de quadrilha seriam as mesmas existentes em processos existentes na Justiça Federal que já apuravam a máfia dos caça-níqueis. Para o desembargador federal Abel Gomes, relator do caso no TRF, mesmo que as acusações se refiram a um mesmo crime, a sua execução em diferentes momentos pode ser objeto de nova denúncia. Ele observou que a questão de se os crimes deverão ou não ser considerados uma única prática continuada serão analisadas oportunamente, pelo juízo de primeiro grau.