Todos os vôos da Rico Linhas Aéreas, de Manaus, estão suspensos por tempo indeterminado, por determinação da juiza substituta da Segunda Vara Federal, Rachel Soares Chiarelli. A medida, comunicada através de ofício por volta das 10 horas desta quarta-feira, atingiu a cerca de 35 municípios do Amazonas, quatro capitais da região Norte e aproximadamente 800 passageiros/dia que têm, em sua maioria, apenas esta empresa como meio de transporte aéreo. De acordo com o despacho da juíza, os vôos da Rico continuarão suspenso enquanto o Departamento de Aviação Civil (DAC) não se pronunciar oficialmente quanto à segurança das aeronaves operadas pela empresa amazonense. A decisão foi originada por uma medida liminar do Ministério Público Federal que tramita desde o acidente com o avião Brasília PT-WRO que caiu no dia 14 de maio ao se aproximar do aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, provocando a morte de 30 passageiros e três tripulantes. A Rico Linhas Aéreas opera no transporte regular de passageiros na região Norte há sete anos. Sua frota é composta atualmente de quatro Bandeirante, dois Brasília e dois Boeing 737-200. A empresa já tinha projeto de ampliação da frota, estando com mais dois aparelhos praticamente incorporados: um Brasília para 30 passageiros e outro Boeing 737-200, com capacidade para 109 passageiros. A diretoria da empresa determinou a suspensão dos vôos assim que recebeu a notificação judicial. O vôo para Cruzeiro do Sul (AC), com escalas em Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estava programado para decolar de Manaus às 14 horas com 71 passageiros, que foram remanejados para vôos da Vasp.