O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL), apesar de ser conhecido como um dos mais ilustres torcedores do São Paulo, decidiu vetar a Lei 375/2004, que determinou a denominação de Largo Gino Orlando o alargamento de ruas em frente ao Portão 6 do Estádio do Morumbi, localizado no entroncamento da Avenida Jules Rimet com a Rua Padre Lebret. Na última terça-feira, completaram-se quatro anos da morte do ex-jogador. Kassab se baseou em pareceres técnicos do Departamento de Cadastro Setorial (Case) e da Subdivisão do Cadastro de Logradouros do Departamento de Rendas Imobiliárias, que consideraram não haver no local nada mais do (DEM, ex-PFL) uma área necessária para se estabelecer a concordância das duas vias. Segundo o estudo técnico, a área é destinada ao tráfego de veículos e não existe nenhuma porção de terreno, ajardinada ou não, que possa ser utilizada com finalidade diversa. Ou seja, não pode ser definida como "largo". Segundo os órgãos, é quase impossível até mesmo um eventual emplacamento. "Não obstante o nome do homenageado atenda aos critérios legais vigentes para a denominação de logradouros públicos, sou compelido a apor veto total à propositura", afirma Kassab no veto publicado nesta quinta-feira, 26, no Diário Oficial. O centroavante Gino Orlando jogou durante dez anos pelo São Paulo, de 1953 a 1962, e marcou 232 gols pelo time tricolor, figurando como o segundo maior artilheiro do clube, atrás apenas de Serginho Chulapa, que fez 242. Quando se aposentou, foi administrador do estádio do Morumbi de 1969 até 2003, quando faleceu.