PUBLICIDADE

Kirchner está aliviado com vitória de Lula

Na Casa Rosada temia-se que um governo de Alckmin seria menos condescendente do que Lula em relação às exigências comerciais protecionistas de Kirchner

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Néstor Kirchner teve uma noite de domingo de altos e baixos. O crepúsculo começou mal, quando ficou claro que teria seu primeiro revés eleitoral com a derrota de seu aliado na eleição constituinte na pequena província de Misiones. Mas, horas depois, respirou aliviado quando confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido reeleito. Há quase um mês, no primeiro turno, o governo argentino havia ficado preocupado com o avanço do tucano Geraldo Alckmin. Na Casa Rosada temia-se que um eventual governo de Alckmin seria muito menos condescendente do que Lula em relação às constantes exigências comerciais protecionistas de Kirchner. O chanceler Jorge Taiana telefonou à Brasília para parabenizar o chanceler Celso Amorim pela vitória de Lula. Segundo Taiana, o Mercosul consolida-se com o segundo mandato de Lula. Os jornais argentinos dedicaram um amplo espaço à eleição brasileira. Segundo o Clarín, o jornal mais importante do país, a vitória de Lula foi esmagadora. O jornal considera que o segundo governo petista se focalizará no combate à pobreza. O tradicional La Nación destacou que a disputa pela Presidência em 2010 já começou. O jornal incluiu uma coluna do ex-chanceler Adalberto Rodríguez Giavarini que sustenta que "levando em conta a necessidade de construção e consolidação real do bloco, o segundo mandato de Lula fornece a possibilidade de colocar as bases para recuperar o projeto original do Mercosul". O jornal econômico El Cronista analisa o formato do gabinete do segundo governo e sustenta que o chanceler Amorim permanecerá em seu posto. No entanto, destaca que o futuro do ministro da Fazenda, Guido Mantega é um mistério: "Não se sabe se sairá do ministério ou receberá outro cargo de alta hierarquia".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.