Ladrão usa roupa da Telefônica

Quadrilha invadiu casa de polonês no ABC, alegando conserto de linha

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Por Ricardo Valota e Paulo Maciel
Atualização:

Usando capacetes e vestindo uniformes da empresa Telefônica, cinco bandidos, pelo menos um deles armado, invadiram, por volta das 15 horas de anteontem, a residência do polonês aposentado Ryszard Majewski, de 76 anos, na Rua João Ribeiro, na Vila Campestre, em Santo André, no ABC paulista. Dois criminosos se apresentaram como funcionários da companhia e disseram que era necessário realizar um reparo na linha telefônica. O aposentado permitiu a entrada dos bandidos, que declararam então ser policiais civis que investigavam uma denúncia de pedofilia e venda ilegal de dólares na residência. O idoso foi dominado e teve a casa invadida por outros três bandidos - sem uniformes - que estavam escondidos. Majewski, que estava acompanhado de um fisioterapeuta de 29 anos, um engenheiro de 27 anos e um técnico de 39 anos, foi amarrado ao lado das outras vítimas. A ação, segundo as testemunhas, durou cerca de quatro horas. Num determinado momento do assalto, um dos bandidos, irritado com o polonês, feriu a vítima a coronhadas. Foram levados celulares, um notebook, um PC, um fax, uma impressora, cartões de crédito e R$ 2 mil em dinheiro. Machucada, a vítima foi socorrida pelo próprio filho, que é médico. Majewski passa bem. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de Santo André. A polícia ainda não tem pistas sobre a quadrilha. CARTEIROS Em outubro, uma quadrilha passou a assaltar residências em bairros nobres de São Paulo, usando roupas de carteiros. Pelo menos dez casas foram alvo da ação dos criminosos, que roubavam mansões e condomínios de luxo. Vestidos com roupas idênticas às dos funcionários dos Correios, os criminosos tocavam a campainha e simulavam a entrega de uma encomenda Sedex. O bando costumava agir entre meio-dia e 14 horas, quando só empregados estão na casa e são mais fáceis de convencer a receber a falsa encomenda. Para evitar roubos semelhantes, a polícia recomenda que os moradores sempre solicitem aos funcionários de concessionárias o crachá de identificação. Em caso de dúvida ou insistência de quem fizer a entrega, deve-se avisar a PM pelo telefone 190.

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