8 toneladas de peixes mortos foram recolhidas no Rio Doce; perto da foz, pesquisadores não registraram mortandade generalizada
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Por Herton Escobar
Atualização:
Atualizado às 8h15 do dia 24/11
LINHARES - O impacto da lama que desceu o Rio Doce e chegou ao mar do norte do Espírito Santo é "muito expressivo" e precisa continuar a ser monitorado "em tempo real". Essa é prioridade no momento, segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que fez um sobrevoo da foz do rio na tarde desta segunda-feira, 23, no município de Linhares, com o governador capixaba Paulo Hartung (PMDB). Ela determinou que esse monitoramento continue a ser feito pelas agências do governo por pelo menos mais 90 a 120 dias.
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
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Lama
A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco já chegou ao mar, após passar pelo trecho do Rio Doce no distrito de Regência, em Linha... Foto: Gabriela Biló/EstadãoMais
Lama
A onda de lama percorreu mais de 650 quilômetros em 16 dias Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Nos últimos três dias a onda de lama passou por Colatina e Linhares, causando mortandade de peixes e comprometendo o abastecimento de água Foto: Gabriela Biló/Estadão
Lama
A previsão do Ministério do Meio Ambiente, com base em projeções feitas por pesquisadores da Coppe-UFRJ, é que os sedimentos se dispersarão por uma ár... Foto: Gabriela Biló/EstadãoMais
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É uma região de reprodução de tartarugas marinhas, inclusive de uma espécie criticamente ameaçada de extinção, a tartaruga-de-couro. Vários ninhos for... Foto: Gabriela Biló/EstadãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
Antes da lama mais pesada, alinha de frente da mancha, composta de um material mais leve e fino, tocou as ondas do litoral de Regência, um distrito do... Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/DivulgaçãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
O rio Doce deságua no mar em Linhares, cidade que fica no norte do Espírito Santo. Foi montada uma barreira para tentar conter os rejeitos de minério,... Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/DivulgaçãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
Os governos de Minas e do Espírito Santo se articulam para entrar com ação conjunta na Justiça contra a mineradora Samarco, controlada pela Vale e pel... Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/DivulgaçãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
O desastre ambiental em Mariana, considerado o maior já ocorrido no Brasil, deixou, até agora, oito mortos. Quatro corpos ainda não foram identificado... Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/DivulgaçãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
A lama que vazou com a queda das barragens, depois de destruir Bento Rodrigues (MG), atingiu o Rio Doce via afluentes, chegando ao Espírito Santo. Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
A onda de lama tem levado destruição à biodiversidade do Rio Doce, desde o município homônimo em Minas, onde nasce. Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
Boias infláveis estão sendo usadas pela mineradora Samarco para tentar conter os danos na foz do Rio Doce, em Linhares, no litoral do Espírito Santo Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
A dispersão da lama pode ser de 3 km em direção ao norte e de 6 km em direção ao sul quando elas atingirem o mar pela foz do Rio Doce, informou a mini... Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/DivulgaçãoMais
Lama muda a cor do mar na foz do Rio Doce
O desastre foi a maior catástrofe ambiental do País Foto: Fred Loureiro/Secom-ES/Divulgação
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"O acidente não acabou", repetiu a ministra. Ela lembrou que muita lama está retida rio acima, e que a temporada de chuvas está apenas começando, o que significa que muitos sedimentos ainda vão escoar para o mar. "Só quando terminar o período de chuvas eu poderei ter uma avaliação concreta do fim do acidente e das medidas efetivas que precisam ser tomadas, além das emergenciais, para a restauração do Rio Doce."
Em Minas Gerais, próximo ao epicentro do desastre, projeções iniciais baseadas em imagens de satélite indicam que mais de 900 hectares de terra foram diretamente impactos pela enxurrada de lama causada pelo rompimentos das barragens da mineradora Samarco (que pertence às gigantes Vale e BHP) em Mariana, no dia 5 de novembro. O desastre deixou 8 mortos já identificados e ainda há 11 pessoas desaparecidas.
"A emergência ainda está em curso", reforçou Hartung. Outra prioridade indicada pelas autoridades foi a de aumentar os esforços de levar informações sobre o acidente às populações ribeirinhas, especialmente relacionadas à qualidade da água - que, segundo as análises iniciais, não é tóxica. "Tem muita gente afobada, muito desencontro de informações", disse a ministra. "As pessoas estão nervosas, estão inquietas estão abaladas; e têm que estar abaladas mesmo, porque o acidente é grave."
A onda de lama percorreu quase que toda a extensão do Rio Doce até chegar ao mar, formando uma grande mancha de água marrom no oceano. A previsão feita por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) na semana passada era de que a mancha de lama mais grossa impactaria uma área de 9 quilômetros de costa - incluindo parte da Reserva Biológica de Comboios, que protege uma praia usada para desova de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção.
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
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Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
O serralheiro Gilson Felipe de Rezende, de 42 anos, cuida de cerca de 15 cabeças de gado em um pequeno pasto na margem do Rio do Carmo, na cidade mine... Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
Guiando um barco com motor de popa, o pescador Eli da Silva Soares, o Paco, de 38 anos, percorre com cautela parte da região afetada e tem olhos aguça... Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
De cima, a água laranja do Rio Doce parece estática. A lama de rejeitos vinda de Mariana se move a cerca de 1,2 quilômetro por hora desde a quinta-fei... Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
De perto, é mal cheirosa e, mesmo distante mais de 230 quilômetros do ponto do rompimento das barragens, carrega pedaços de árvore e detritos arrancad... Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
No passeio pelo cenário sem vida, não é preciso perguntar nada para ouvir de Paco e de suas irmãs Elaine, de 36, e Eliane da Silva, de 39 anos, os rel... Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
"Isso não vai recuperar nem daqui a cinco anos. Quem falar isso está mentindo", diz o pescado endossado pelas irmãs. "A gente vive disso daqui e agora... Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
Está a exatos 71 quilômetros de distância do ponto em que as barragens da mineradora Samarco romperam. E está encoberto de barro. Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
Mesmo a essa distância, a lama foi capaz de formar, ali, uma "casca" nas margens e no fundo do rio, que chega a 1 metro de espessura tanto no lado do ... Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
O curso d'água em que, antes, era possível navegar de canoa, virou um rio raso. Dá para caminhar de uma margem à outra com água na altura dos joelhos,... Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃOMais
Lama de barragem polui cursos d'água e ameaça subsistência
Nesta crosta de lama ao redor do rio, os peixes aparecem aos montes, grudados no chão de lama, como se fossem fósseis encontrados por arqueólogos. Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
"Infelizmente não há nada mais que se possa fazer aqui para impedir a lama de chegar no mar", disse ao Estado o chefe da reserva biológica, Antônio de Pádua Almeida. "Mas rio acima, sim", completou ele, chamando atenção para a necessidade de reduzir a quantidade de lama acumulada nas cabeceiras, para que elas não sejam arrastadas pelas chuvas para o oceano.
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Até esta segunda-feira, não havia sido detectada nenhuma tartaruga diretamente afetada pela lama, mas a praia está sendo monitorada todas as noites pelo projeto Tamar para realocar os ovos que são depositados ali para outros locais. Uma análise visual da praia indicava que a lama não estava "grudando" na areia, mas que os sedimentos mais finos estão se acumulando alguns centímetros abaixo da superfície.
Com base no que viu nesta segunda-feira, a ministra Izabella disse que a projeção de dispersão da lama no mar por enquanto está correta, com a mancha mais espessa concentrada em uma área de aproximadamente 10 quilômetros ao longo da costa e avançando 1,5 km mar adentro. Havia relatos de extensões maiores, mas que, segundo ela, referem-se a uma pluma de sedimentos mais finos, que tendem a se dispersar mais superficialmente e não são a preocupação principal.
"O monitoramento está sendo feito; se vai ampliar a mancha, nós vamos saber", garantiu a ministra, repetindo que não há previsão de que os sedimentos chegarão ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia. A dispersão dos sedimentos é diretamente afetadas pelos ventos, que empurram as massas de água para uma ou outra direção.
Novos dados de monitoramento levantados pela Agência Nacional de Águas (ANA) foram enviados à UFRJ para que o modelo de previsão possa ser atualizado. Segundo o governador Hartung, é preciso "mais ciência e menos achismo" na resposta ao desastre.
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
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Resgates em Mariana
Vítimas resgatadas em Mariana foram atendidas por equipes dos bombeiros e da Defesa Civil Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
As pessoas resgatadas são levadas a um ginásio na cidade de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Vários colchões foram espalhados ao longo do ginásio na cidade de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
O distrito de Bento Rodrigues, que pertence a Mariana, foi alagado. Foto: Facebook/Reprodução
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Mais de 50 feridos foram socorridos no local - 13 foram levados para o Hospital Monsenhor Horta, em Mariana, alguns em estado grave Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Sobreviventes da queda de barragem em Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Mariana é uma das chamadas cidades históricas de Minas Gerais Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
O início da alteração da paisagem data do século 18, com intenso desmatamento praticado por mineradoras em busca, principalmente, de ferro. Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Vista do local onde a barragem quebrou (parte cinza) e que acabou com o distritode Bento Rodrigues Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
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Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Homem observa os rastros de destruiçãoem Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu-se ontem, por volta das 16h, entre Mariana e Ouro Preto, a 110 km de Belo Horizonte (MG). Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Mariana aguarda ajuda de outras cidades Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Guardas municipais auxiliam a chegada das pessoas ao ginásio Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Helicópteros sobrevoam a região do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, em busca de vítimas Foto: Douglas Magno/AFP
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Moradores são cadastrados por equipes da prefeitura de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Moradores desalojados passaram a noite no ginásio de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Roupas e objetos pessoais foram levados ao ginásio para os desalojados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Crianças dorme no ginásio ao lado de outras pessoas que ficaram desalojadas Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Funcionários da prefeitura aulixiam os moradores que chegam ao ginásio em Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
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Roupas que foram levadas ao ginásio para os desabrigados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
A tragédia deve transformar-se na mais grave na área ambiental do Estado. Foto: Facebook/Reprodução
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Até uma igreja histórica do século 18 e uma escola teriam sido atingidas. Foto: CORPO DE BOMBEIROS/MG
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Segundo o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, a situação na região é catastrófica. Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Estragos ainda não foram contabilizados em Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
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Sobreviventes do acidente em Bento Rodriguesaguardam ambulância Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Falta de informações sobre as vítimas preocupa os moradores de Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Após o rompimento, a lama atingiu rapidamente o distrito de Bento Rodrigues, destruindo casas e encobrindo ruas e praças. Foto: Facebook/Reprodução
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Os serviços de energia elétrica e água foram afetados - não havia nem sinal de celular. Foto: Facebook/Reprodução
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
A população estimada de Bento Gonçalves, que fica a 25 km da região central, é de 492 pessoas, residentes em 142 casas, de acordo com o Instituto Bras... Foto: Facebook/ReproduçãoMais
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
O Ministério Público abriu inquérito para apurar as causas da tragédia. Foto: Facebook/Reprodução
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Toneladas. Ao longo da calha principal do Rio Doce, peixes mortos continuam a aparecer, principalmente nos trechos mais próximos a Minas Gerais, que foram impactados há mais tempo. Há relatos de que 8 toneladas de peixes mortos já foram recolhidas.
De Colatina para baixo, próximo à foz do Rio Doce, ainda não havia mortandade generalizada, mas pesquisadores acreditam ser apenas uma questão de tempo para que isso ocorra, pois a concentração de sedimentos na água é tão grande que "entope" as brânquias dos animais, além de exterminar o plâncton, crustáceos e outros organismos dos quais eles se alimentam.
O pesquisador José Augusto Senhorini, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta-ICMBio), disse que pode haver um intervalo de vários dias entre a chegada da lama e a morte dos peixes - que depois de mortos ainda levam dois a três dias para boiar. Os efeitos cumulativos do desastre sobre a fauna aquática do rio, portanto, só poderão ser mensurados com o passar do tempo.
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Uma boa notícia, verificada nesta segunda-feira por meio de um sobrevoo, é que há um grande reservatório de água na represa de Aimorés, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, que não foi contaminado pela lama e está cheio de peixes, e que portanto poderá servir como um reservatório de vida para o repovoamento do rio mais adiante.