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Laudo descarta falha mecânica em acidente com ônibus

Documento do Instituto de Criminalística da Polícia Científica diz que não havia qualquer problema de natureza mecânica ou eletrônica no ônibus, que estava a 45 quilômetros por hora. Acidente deixou uma pessoa morta e 60 feridas

Por Agencia Estado
Atualização:

O laudo sobre o acidente com um ônibus biarticulado na Avenida Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo, em 11 de julho, descarta a possibilidade de falha mecânica ou eletrônica. O ônibus biarticulado que fazia a linha Terminal Capelinha-Largo São Francisco (6455/10), da Viação Campo Belo, perdeu o controle na alça de acesso à Avenida Vereador José Diniz, sentido centro, rolou por um desnível de quatro metros e caiu na Rua da Prata, após se partir em três, atingindo o muro de uma casa na esquina com a Rua Paratinga. A passageira Annexelle Marcial da Silva, de 26 anos, morreu no Hospital Regional Sul e outras 60 pessoas ficaram feridas. Segundo informou a assessoria da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o documento do Instituto de Criminalística da Polícia Científica, divulgado nesta segunda-feira, 28, diz que, no momento do acidente, não havia qualquer problema de natureza mecânica ou elétrica no ônibus, que estava a 45 quilômetros por hora. De acordo com o engenheiro e consultor de transporte urbano Luiz Célio Bottura, a velocidade ideal para o trecho onde houve o acidente é de 30 km a 40 km. A SPTrans e a Viação Campo Belo, dona do veículo, aguardam o laudo para tomarem as devidas providências. Na ocasião, o motorista Adilson Castro, de 37 anos, justificou que a causa do acidente foi uma falha no sistema eletrônico do ônibus, que possui um computador de bordo. "Disparou um alerta no computador de bordo. O ônibus começou a acelerar. Eu puxei o freio de mão e enfiei o pé no freio, mas não foi suficiente", disse o motorista. Se comprovada a imprudência do motorista, o delegado-assistente João Aparecido Costa disse que ele responderá por homicídio culposo (sem intenção), lesões corporais e dano a residência. Castro é motorista da Campo Belo há oito anos. (Colaboraram: Juliano Machado, Marcela Spinosa e Solange Spigliatti)

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