Laudo mostra que superlotação provocou morte de bebês

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O laudo apresentado pela Maternidade Escola Assis Chateuabriand (Meac) aponta a superlotação como a causa mais provável pelas mortes dos bebês ocorridas no hospital, nas duas primeiras semanas deste mês. Quinze prematuros morreram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Meac. Treze dos quais estavam internados na ala B da Unidade Neonatal 3, onde foi detectado um surto de infecção causado pela bactéria Kleblisiela pneumonia. No mesmo período, outras duas crianças morreram na ala A dessa mesma unidade, só que em conseqüência natural da prematuridade. O resultado da análise de hemocultura aplicada em onze bebês confirmou a presença dessa mesma bactéria em sete deles. Já a análise da água, do sabonete e da água do ventilador apresentou resultado negativo - o que evidencia que a única possibilidade de contágio seria a superlotação, segundo a chefe da Comissão de Controle de Infecções do hospital, Gláucia Maria Ferreira. De acordo com ela, há um ano o hospital já vinha atendendo além da capacidade. No início do surto, havia 15 bebês na ala B, quando a capacidade era para apenas dez, e outros 20 na A, cuja capacidade máxima é de 12. Técnicos da Vigilância Sanitária do Estado passaram a tarde de hoje examinando as condições físicas da Maternidade. Eles estavam averiguando a possibilidade de liberar a ala B - que continuava interditada com dois bebês internados - para receber novas crianças. Há duas semanas a Meac deixou de realizar partos de risco devido ao surto. Até o final da noite de quinta-feira, os técnicos não haviam chegado a uma conclusão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.