"Leviandade tem limite", diz Lula sobre ligar PT ao PCC

No evento que lançou oficialmente sua campanha à reeleição, o presidente disse ser uma "insanidade" a postura da oposição de vincular o PT as ações do PCC

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu hoje às afirmações feitas pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e o ex-prefeito José Serra (PSDB), que sugeriram a existência de uma ligação entre PT e as ações do PCC em São Paulo. "Leviandade tem limite", disse Lula, acrescentando que, quando se acusa alguém, é preciso pensar em quem está ouvindo (a população brasileira), afirmou, durante o evento que lançou oficialmente sua candidatura à reeleição. Lula mandou um recado à oposição, alegando ser uma insanidade estabelecer qualquer vinculo. "É no mínimo uma questão de insanidade tentar vincular o PT ao crime organizado do qual eles cuidam há 12 anos", disse Lula, em referência ao fato de ao governo paulista ter sido comandado pelo PSDB até este ano, e agora estar nas mãos do PFL. Ele fez um apelo para que o debate político não seja levado para esse lado, pedindo ao senador Aloizio Mercadante, que não responda aos ataques em sua campanha para o governo do Estado. "Leviandade tem limite", disse Lula, acrescentando que, quando se acusa alguém, é preciso pensar em quem está ouvindo (a população brasileira). O presidente disse ainda que fará o possível para ajudar Mercadante a vencer as eleições, ao mesmo tempo em que dará continuidade aos seus esforços para que o projeto de governo implantado em seu primeiro mandato seja levado para os próximos quatro anos. "Quero levar adiante a obra apenas começada, corrigir o que fizemos de errado e ampliar o que fizemos de certo", disse Lula, lembrando que em seu governo "milhões de brasileiros deixaram para trás a miséria", ao mesmo tempo em que foram superados problemas como a dívida externa. Lula perguntou aos cerca de 3 mil convidados para um jantar no restaurante São Judas Tadeu, em São Bernardo do campo, por que motivo esses avanços não tinham sido feitos antes de seu governo. E forneceu a resposta em ataque indireto ao seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: "porque melhorar a vida do povo brasileiro não estava nas prioridades de quem governou antes de nós".

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