Liberada obra em shopping de Law no Pari

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Por Ana Carolina Moreno
Atualização:

Liminar da 13ª Vara da Fazenda Pública garantiu no dia 10 ao empresário Law Kin Chong acesso a outro de seus shoppings - o Pari - para "realização das obras essenciais à eliminação das irregularidades constatadas". Com 20 mil metros quadrados, o local foi lacrado em 14 de novembro, dias antes da inauguração. Segundo Miguel Pereira Neto, advogado de Law, a liminar indica que o "tribunal entendeu que está tudo regular". Ele diz "estranhar" que só shoppings de seu cliente sejam alvos de vistoria da Prefeitura. Ontem, após o emparedamento do Shopping 25 de Março, o secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho, seguiu até o Shopping Pari para verificar se estava em situação regular. E encontrou a liminar sendo cumprida à risca: apenas obras de reforma estavam em andamento e as lojas sem alvará tinham as portas fechadas. De acordo com a juíza Maria Gabriella Pavlopoulos Spaolonzi Sacchi, que concedeu a liminar, a Calinda, empresa de Law, "tem que resolver (as irregularidades) antes de reabrir". Ela enfatiza, porém, que "a liminar não é para funcionamento das lojas". Segundo a Subprefeitura da Mooca, fiscais passam no local três vezes por dia. E o subprefeito, Eduardo Odloak, promete recorrer da liminar. "Já estamos em contato com a Procuradoria Geral do Município para tentar barrar de novo a obra." Duas outras decisões judiciais também devem influenciar o destino de Law. Uma é o pedido de revogação de sua prisão em flagrante, após descoberta de um depósito com toneladas de mercadoria falsificada no Shopping Pari, no mesmo dia 14 de novembro. Outra é a denúncia por descaminho (venda de produto importado sem pagar imposto) enviada à Justiça pelo Ministério Público Federal. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a Justiça pode decidir ainda esta semana se a aceita ou não. "O que o Ministério Público pede é que ele continue preso."

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