Líder do PCC investia em imóveis de luxo

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Por Marcelo Godoy
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A polícia descobriu que um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estava investindo seu dinheiro em imóveis de luxo. Duas casas avaliadas em R$ 1,3 milhão, em Mogi das Cruzes e em Bertioga, foram compradas neste ano por Carlos Alberto da Silva, o Balengo. O criminoso morreu em 8 de novembro depois que seu bando roubou um banco em Guarulhos, na Grande São Paulo. A ação dos bandidos deixou duas pessoas mortas: um policial militar e uma pessoa que foi atingida por uma bala perdida. Balengo dominava 40 pontos de venda de droga para a facção, além de participar da maior quadrilha de ladrões de banco que agia no Estado. O ladrão havia fugido em fevereiro de uma prisão no Sul. A polícia descobriu que Balengo havia registrado o contrato de compra dos imóveis em nome de Ronaldo Júlio de Oliveira e de uma mulher. A Delegacia de Roubo a Bancos indiciou Oliveira sob as acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. "Ele (Ronaldo) era amigo do Balengo", disse o delegado Ruy Ferraz Fontes. Ronaldo nega o crime e diz que usou o dinheiro obtido com a compra e venda de carros para adquirir uma casa em Bertioga avaliada em R$ 500 mil. "Temos testemunhas que mostram que ele mentiu", afirmou Ferraz. Balengo e outros integrantes do bando já foram reconhecidos por vítimas de sete roubos a banco ocorridos neste ano na Grande São Paulo. "São todos assaltos em que os bandidos levaram valores elevados", contou Fontes. Em um dos roubos, os assaltantes levaram mais de R$ 1 milhão. No caso de Guarulhos, além de Balengo e de outros dois acusados presos em flagrante no dia 8 de novembro, a polícia já identificou outros dez homens acusados de participação no crime.

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