Líder no Twitter, mulher de Roriz pode ficar fora do 2º turno

Campanha vira de cabeça para baixo com saída de ex-governador; petista próximo de Dilma abriu vantagem em pesquisa

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Por Carol Pires e BRASÍLIA
Atualização:

Comparada ao início da campanha, há três meses, a disputa pelo governo do Distrito Federal chega ao fim de cabeça para baixo. Antes líder das pesquisas, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) foi barrado pela Lei da Ficha Limpa e passou a ser representado pela mulher, Weslian Roriz. Com isso, Agnelo Queiroz, candidato do PT, assumiu a dianteira. Segundo levantamento divulgado ontem pelo Ibope, o petista tem 51% dos votos válidos, o que lhe garantiria a vitória no primeiro turno - a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos porcentuais.Candidata há pouco mais de uma semana, Weslian passou por dois debates televisionados. Gaguejou, trocou nomes, fez confusão com perguntas e respostas. Atingiu o posto de assunto mais comentado do Twitter na terça-feira, mas chega às urnas hoje em segundo lugar nas pesquisas, com 32% dos votos válidos, de acordo com o Ibope.Weslian passou os últimos dias fazendo comícios pelas cidades-satélite do Distrito Federal. Ela chegou a percorrer seis municípios em um único dia - os mais pobres da região, principal reduto de votos do ex-governador, que legalizou sete deles ao longo de 14 anos. Com o naufrágio da campanha do ex-governador, a família Roriz amargou a ascensão de Agnelo nas pesquisas eleitorais. Médico, ex-deputado federal e ex-ministro dos Esportes, o petista foi apresentado na propaganda de televisão como aliado e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se da proximidade com o comitê de campanha de Dilma Rousseff, Agnelo foi um dos candidatos que mais contaram com a presença da presidenciável petista nos comícios - isso ocorreu em pelo menos quatro ocasiões.Surpresas. Ainda completam o cenário eleitoral no Distrito Federal os candidatos Eduardo Brandão (PV) e Toninho (PSOL). O primeiro não conseguiu pegar carona na "onda verde" da presidenciável Marina Silva. Ficou estacionado desde o início da campanha em 1% das intenções de voto. Na pesquisa do Ibope de ontem, subiu para 4% dos votos válidos. Toninho, em contrapartida, passou de 2% para 13% no último levantamento do Ibope, roubando votos de seus principais adversários.

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