Líderes acusados pelos ataques são transferidos. Com eles, Biroska

Os líderes são Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola; Anderson de Jesus Parro, o Moringa; Orlando Mota Júnior, o Macarrão; Roberto Soriano, o Betinho Soriano; Cláudio Rolim de Carvalho, o Polaco, além de Biroska, todos presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) transferiu nesta sexta-feira, 14, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) cinco líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), acusados de serem mandantes dos ataques e da megarrebelião de maio e de ordenar os assassinatos de agentes penitenciários e as rebeliões de Araraquara, Itirapina 1 e Mirandópolis 1, em 16 de junho. Além deles, foi transfeirdo também Adilson Borges Nogueira, o Biroska, para cumprir o RDD no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes. A SAP conseguiu indícios contra Biroska, que também ficará 10 dias no RDD. Os líderes são Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola; Anderson de Jesus Parro, o Moringa; Orlando Mota Júnior, o Macarrão; Roberto Soriano, o Betinho Soriano; e Cláudio Rolim de Carvalho, o Polaco, todos presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Há outros dois acusados, Marcos Camacho, o Marcola, e Edílson Borges Nogueira, o Biroska, contra os quais não foram encontradas provas. Os cinco ficarão detidos no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), de Presidente Bernardes, cumprindo o regime de RDD, inicialmente por 10 dias. Segundo o coordenador das Unidades Prisionais do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, durante este prazo, a Polícia Civil e o Ministério Público deverão apresentar as provas para depois pedir a internação no RDD por 180 ou 360 dias. A internação é a punição administrativa mais rápida que pode ser feita contra o grupo. Ela também vai auxiliar na luta contra o crime organizado ao isolar lideres do PCC com poder de atacar a sociedade. As provas foram levantadas pela força-tarefa formada pelo serviço de inteligência da SAP, Gaeco de Presidente Prudente e São Paulo e Polícia Civil e Militar por meio de interceptações telefônicas e de interrogatórios de outros detentos e das advogadas Libânia Catarina Costa e Valéria Dammous, presas em 28 de junho por colaborar com o PCC. As investigações constataram que o planejamento dos ataques e da megarrebelião coube ao trio formado por Betinho Soriano, Macarrão e Julinho Carambola, detidos em Presidente Venceslau, chamados de "sintonia geral final", uma espécie de conselho administrativo facção, que tem estrutura parecida como o de uma empresa S.A. É possível que Marcola, detido no CRP de Bernardes e tido como o presidente da facção, e Biroska, também preso em Venceslau e outro "sintonia geral final", tenham participado por meio de interlocutores, o que dificultou a obtenção de provas contra eles. Macarrão foi o porta-voz do grupo. Moringa e Polaco, que estavam detidos em outras prisões repassaram as ordens para penitenciárias do Estado. Polaco teria posteriormente repassado a ordem de rebeliões nas penitenciárias de Itirapina, Mirandópolis e Araraquara em 16 de junho. Descobertos, Polaco e Moringa foram levados a Venceslau, de onde foram transferidos para o CRP de Bernardes nesta sexta-feira, 14.

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