Lins quer plano emergencial para fiscalizar delegacias

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Corregedoria da Polícia Civil vai instaurar inquérito criminal e sindicância administrativa para apurar como dois presos saíram da prisão para matar o deputado federal Valdeci Paiva de Jesus (PSL), morto no dia 24 numa emboscada. Será elaborado ainda, em caráter emergencial, um programa de fiscalização diária das unidades prisionais da polícia. As medidas foram determinadas pelo chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins. Ele quer que as unidades que abrigam presos sejam inspecionadas sem que os delegados sejam avisados, a fim de pegá-los de surpresa. Lins defende a prisão dos policiais das delegacias onde forem encontradas irregularidades. ?Não vou tolerar qualquer desvio na vigilância de presos?, afirmou. O chefe de Polícia disse que vai encaminhar ao secretário Extraordinário de Assuntos Penitenciários, Astério Pereira dos Santos, uma proposta para que seja elaborada uma resolução conjunta entre a secretaria e a Polícia Civil, normatizando os critérios para a remoção de presos em todo o estado. Segundo a polícia, no dia do assassinato, o ex- PM Adílson da Silva Pinheiro, 30, e Jorge Luiz da Silva, 31, deixaram suas celas para executar o parlamentar com 19 tiros. O primeiro estava preso na 52ª Delegacia Policial (Nova Iguaçu), e o segundo, na 31ª (Ricardo de Albuquerque). Eles foram denunciados por um terceiro preso, que se recusou a participar da ação. O mandante do crime ? planejado num restaurante da zona sul do Rio ? seria Wanderley da Cruz, assessor do então suplente de Paiva, Marcos Abrahão (PSL). O deputado morto havia sido eleito para a Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) nas últimas eleições. Abrahão assumiu a vaga na semana passada. Na próxima terça-feira, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, (PMDB), vai convocar o Colégio de Líderes e a Mesa Diretora da Casa para discutir se será ou não aberto de processo de cassação de Abrahão. Para Picciani, há elementos suficientes para tal. Ele suspendeu a nomeação de Wanderley da Cruz para o cargo de assessor técnico parlamentar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.