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Lista oficial de vítimas só será divulgada após perícia

Chuva impediu especialistas de chegarem antes; segundo Corpo de Bombeiros não houve sobreviventes

Por João Coscelli
Atualização:

O número oficial e os nomes dos mortos na queda do de um avião turboélice particular em Trancoso, no Sul da Bahia, só serão divulgados depois que a equipe de técnicos da Aeronáutica concluir a perícia no local, na tarde deste sábado, 23. Até por volta das 11 horas, eles não haviam chegado ao local do acidente, ocorrido na noite da sexta-feira, 22.

 

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As informações disponíveis até o momento são de que 15 pessoas morreram, todas elas ocupantes do avião modelo King Air, de Roger Ian Wright, sócio fundador da Arsenal Investimentos. A aeronave saiu do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e explodiu a 150 metros da cabeceira da pista às 21h10. Entre as pessoas a bordo, 12 eram passageiros, quatro deles crianças. A Aeronáutica, entretanto, não confirmou a informação.

 

Segundo o major Teixeira, do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), a equipe de cinco peritos que examinarão os destroços deveria chegar por volta do meio-dia. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Porto Seguro, que deslocou 15 oficiais para os trabalhos iniciais de busca e salvamento, a confirmação é de que não houve sobreviventes.

 

Além de Ian Wright, proprietário do avião, estão entre as vítimas sua esposa, Lucila Lins, seu casal de filhos, dois netos e amigos da família. O empresário tinha uma casa no resort Terravista, onde a aeronave ia pousar.

 

A diretoria da Arsenal Investimentos, entretanto, não se pronunciou oficialmente. "Não podemos dar nenhuma informação enquanto não tivemos a confirmação de quem estava a bordo. Por enquanto, podemos confirmar apenas que o avião era dele", disse o sócio-diretor da empresa José Eduardo de Lacerda Soares em reunião com os executivos da empresa na noite da sexta-feira.

 

Apesar de chuviscar no momento do acidente, a administração do aeroporto confirma que havia total condição de visibilidade da pista. Segundo o chefe do Seripa II, coronel João Carlos Bieniek, ainda não há nenhuma notícia do que pode ter provocado a queda do avião. "Estava chovendo muito na região, as próprias equipes de resgate estavam com dificuldades em chegar ao local", justificou.

 

Até março deste ano, a Aeronáutica contabiliza 19 acidentes aéreos no País - 15 com aviões e 4 com helicópteros O número de mortos era de 28. Em 2008, foram 108, recorde de tragédias. Há seis meses, um avião King Air, da banda Calypso, caiu no Recife e duas pessoas morreram.

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