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Lixo britânico enviado ao Brasil chega ao Reino Unido

Agência Ambiental do Reino Unido afirmou que vai desinfetar os contêineres antes de examinar seu conteúdo

Por BBC
Atualização:

Mais de 70 contêineres com lixo tóxico que havia sido exportado ilegalmente ao Brasil em julho chegam ao porto de Felixstowe, no Reino Unido, nesta sexta-feira, 21. Outros cerca de 19 contêineres ainda estão a caminho do país, mas não há previsão exata de sua chegada.

 

Fiscal do Ibama inspeciona contêiner com lixo que foi mandado de volta à Inglaterra. Foto: ReutersA Agência Ambiental do Reino Unido afirmou que vai desinfetar os contêineres antes de examinar seu conteúdo e que, assim que recolher provas suficientes, uma empresa especialmente designada vai realizar a destruição do lixo. O órgão também já iniciou uma investigação para descobrir como as 1,4 mil toneladas do material, supostamente vindo de lixos hospitalares e domésticos, foram parar no Brasil. Presos Andrew Higham, diretor da unidade de crimes ambientais da agência, disse que a entidade encara com "extrema seriedade" a exportação ilegal de lixo. "A Grã-Bretanha assumiu uma forte liderança mundial para acabar com o comércio ilegal de lixo, com o objetivo de proteger as pessoas e o meio-ambiente", afirmou. "Não vamos permitir que nosso lixo seja despejado em países em desenvolvimento." Pela lei britânica, o país pode exportar restos apenas para reciclagem. Em julho, três homens foram presos na cidade de Swindon, no sul da Grã-Bretanha, em conexão com o caso, mas foram libertados sob pagamento de fiança até que se avance nas investigações. A pena máxima por exportar lixo ilegalmente é um multa sem limite pré-definido ou até dois anos de prisão. Prensagem Ainda em julho, o Ibama anunciou que estava estudando alguma sanção internacional contra duas empresas britânicas acusadas da exportação do material tóxico para o Brasil - a Worldwide Biorecyclables e a UK Multiplas Recycling. Na ocasião, o proprietário das empresas, o brasileiro Julio da Costa, disse à BBC Brasil que elas faziam apenas a prensagem do plástico recolhido por fornecedoras britânicas, entre elas a Hills Waste Solutions Limited. Costa disse que a responsabilidade por qualquer outro material que tenha chegado ao Brasil seria da Hills e das demais fornecedoras. A Hills afirma que caberia à empresa de Costa a triagem para separar qualquer material plástico inadequado para reciclagem.

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