Lorenzetti nega negociação envolvendo dinheiro com Vedoin

Sobre o dinheiro para a compra do dossiê, Lorenzetti disse que não tratou dessa questão em nenhum momento e isentou o presidente do PT, Ricardo Berzoini

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O depoimento do petista Jorge Lorenzetti, ex-chefe do serviço de inteligência da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 22, na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, durou mais de três horas. Nervoso, Lorenzetti saiu sem falar com a imprensa. Seu advogado, Aldo de Campos Costa, informou que Lorenzetti confirmou para a Polícia e o Ministério Público que enviou três vezes para Cuiabá (MT) os emissários Expedito Veloso e Gedimar Passos, para conversarem com o empresário Luiz Antonio Vedoin, principal operador da máfia das sanguessugas. Lorenzetti negou, entretanto, que tenha feito negociação envolvendo dinheiro. Sobre o dinheiro para a compra do dossiê, Lorenzetti disse que não tratou dessa questão em nenhum momento e isentou o presidente do PT, Ricardo Berzoini, de responsabilidade no episódio. O motivo das viagens, segundo o advogado, foi para verificar a autenticidade do dossiê e a importância do material para a campanha do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante. Lorenzetti disse que os encontros com Vedoin foram por orientação do então coordenador de comunicação da campanha de Mercadante, Hamilton Lacerda, já afastado por conta desse episódio. Ainda segundo o advogado, Lorenzetti contou tudo o que sabia sobre o episódio e não foi indiciado porque, segundo garante, ele não cometeu nenhum crime. Ainda seriam ouvidos nesta sexta Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, e Osvaldo Bargas, ex-secretário do Ministério do Trabalho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.