
04 de junho de 2009 | 12h53
Um dos aviões da companhia aérea alemã Lufthansa, que estava perto da área onde o Airbus da Air France desapareceu, na noite de domingo, afirmou que não havia condições meteorológicas ruins no momento do acidente. A informação foi divulgada pela rede britânica BBC, nesta quinta-feira, citando a empresa alemã. O voo 447 da companhia francesa desapareceu no trajeto Rio-Paris com 228 pessoas a bordo.
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O relato da Lufthansa diverge de outras informações divulgadas anteriormente por meteorologistas. Na segunda-feira, o professor de Engenharia Aeronáutica da USP em São Carlos (SP), James Waterhouse, apontou em entrevista à Agência Estado que o mau tempo deve ter sido o responsável pelo desaparecimento do Airbus.
Segundo o professor, os problemas meteorológicos podem ter provocado falhas estruturais na aeronave, a ponto de desestabilizá-la. "A região onde o avião fez sua última comunicação apresentava uma área de turbulências violentas e até eventualmente formação de granizo. Nessa região por onde o avião passou havia diversas nuvens e em cada uma delas o potencial de energia era tão grande quanto uma pequena bomba atômica, um pouco menor do que a que destruiu Hiroshima", afirmou então o pesquisador.
Nesta quinta-feira, a Air France informou que mais escombros do avião foram encontrados. O voo 447 levava 228 pessoas e seguiria do Rio de Janeiro até Paris, porém, desapareceu no Oceano Atlântico. A investigação do acidente é realizada por investigadores franceses.
Em seu site na internet, o jornal francês Le Monde afirmou, citando fontes ligadas à investigação, que o avião estava na velocidade "errada", o que teria em parte sido responsável pelo acidente. Não foi informado se esta seria acima ou abaixo do recomendado.
Já o Le Figaro relata, em seu site, que os especialistas notaram que os destroços do avião estão aparecendo em uma região muito dispersa, até a mais de 300 quilômetros de distância uns dos outros. Por isso, segundo essas fontes, os especialistas trabalham com a hipótese de que a aeronave tenha se desintegrado ainda em uma elevada altitude. O Figaro aponta que isso pode ter ocorrido pela zona de convergência intertropical pela qual a aeronave passou, ou mesmo por um atentado terrorista.
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