Luiz Antonio Vedoin presta depoimento em Cuiabá

Polícia quer apurar, com o depoimento, a origem do dinheiro apreendido no momento da prisão de Gedimar Passos e Valdebran Padilha

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Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário Luiz Antonio Vedoin, considerado um dos organizadores da máfia das ambulâncias superfaturadas, chegou por volta das 15h30 à Superintendência da Polícia Federal (PF), nesta capital, para prestar depoimento sobre sua participação na operação de elaboração e venda de um dossiê com informações e imagens que supostamente envolveriam na máfia os candidatos do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, e à presidência da República, Geraldo Alckmin. Vedoin, que está preso na Carceragem da Polinter, em Cuiabá, acusado de violação do acordo de delação premiada que fez com as autoridades para conseguir redução da pena, evitou dar declarações ao chegar à PF. O empresário teria violado o acordo de delação ao esconder documentos de interesse da Justiça. Pelo acordo, ele tem a obrigação de revelar tudo o que sabe sobre a máfia, do contrário não é beneficiado com redução da pena. Vedoin prestará depoimento ao delegado Diógenes Curado e ao procurador da República Mário Lúcio Avelar. O delegado e o procurador esperam aprofundar, com a tomada do depoimento, a apuração da origem do dinheiro apreendido - R$ 1,75 milhão - sexta-feira (15), no momento da prisão do advogado Gedimar Passos e do empresário Valdebran Padilha, que disseram estar negociando a compra do dossiê de Vedoin para o PT. A Polícia Federal de Cuiabá informou, ainda, que, após o depoimento de Vedoin, o delegado viaja para Brasília para ouvir outros três acusados de envolvimento no caso. Eles são ligados ao PT e trabalhavam no comitê de campanha à reeleição do presidente Lula. São eles: Jorge Lorenzetti, ex-assessor de risco e mídia da campanha de Lula, Oswaldo Bargas, responsável pelo capítulo de trabalho e emprego do programa de governo da campanha, e Expedito Veloso, ex-diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil e filiado ao partido.

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