PUBLICIDADE

Lula adia decisão sobre manutenção de tropas no Rio

Por Agencia Estado
Atualização:

Foi adiada mais uma vez a decisão em torno do pedido da governadora do Rio, Rosinha Matheus, para que as Forças Armadas permaneçam nas ruas por mais 30 dias. Mesmo depois de uma nova rodada de reuniões entre os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Defesa, José Viegas Filho, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, não houve consenso. Todos concordam, porém, em que deixar as Forças Armadas nas ruas não é solução. Ao contrário, vai transformar-se em problema. Por causa das dificuldades das três forças, desde esta quinta-feira os efetivos foram reduzidos à metade. O Exército, por exemplo, saiu de 12 pontos, e insiste em que não tem meios de manter a vigilância. Antes da reunião no Planalto, o ministro Viegas ouviu os comandantes das Forças Armadas. Surgiu a idéia, acolhida por ele, de que os militares ficassem até o desfile das escolas campeãs do carnaval, amanhã. A proposta será levada ao presidente Lula, possivelmente nesta sexta pela manhã. O governo federal ainda busca um modelo de atuação conjunta, uma força-tarefa nos moldes da feita no Espírito Santo, que não recebesse o mesmo nome dado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O objetivo é reduzir a violência e combater o narcotráfico, com trabalho integrado de governos federal e estadual. Mas, na reunião desta quinta, os ministros concordaram em um ponto: a governadora Rosinha precisa parar de "jogar para a platéia", dando declarações espetaculares e transferindo para o governo federal as responsabilidades. Também é consenso a necessidade de sanear a banda podre da PM e apressar a adoção de um Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP). Paralelamente, se estuda a possibilidade de reforçar a Polícia Federal, de maneira a atacar de forma mais firme a questão do narcotráfico.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.