Cidade de Jacuípe, em Alagoas. Foto: Thiago Sampaio/Agência Alagoas/AP
BRASÍLIA - Assim como foi feito com os estados de Santa Catariana e do Rio de Janeiro, que tiveram municípios atingidos por enchentes, o governo vai liberar o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas das enchentes em Pernambuco e Alagoas.
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O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 21, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 4ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília. "Vamos fazer com a mesma rapidez que fizemos para Santa Catarina e para o Rio de Janeiro, inclusive liberar o Fundo de Garantia daqueles que tiverem o direito e tenham sido atingidos pelas enchentes", disse Lula.
O presidente ainda pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas nos dois estados. Lula disse que conversou ontem com os governadores de Pernambuco e Alagoas para obter mais informações sobre os estragos causados pelas chuvas.
"Temos que esperar a água baixar para fazermos o levantamento [das vítimas]. Estamos mandando para lá um hospital da Força Aérea Brasileira para atender, sobretudo em Palmares, onde o hospital ficou totalmente alagado", afirmou Lula.
O presidente deve se reunir ainda hoje com os governadores Teotônio Vilela, de Alagoas, e Eduardo Campos, de Pernambuco, para discutir a liberação emergencial de recursos para os dois estados.
LIBERAÇÃO EM ATÉ 5 DIAS
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, disse que a liberação para o saque deve estar pronta em cinco dias úteis, já que é necessária a edição de um decreto presidencial autorizando a liberação.
A liberação será voltada para as localidades que o Ministério da Integração Nacional declarar em estado de emergência e calamidade pública. Maria Fernanda disse que o limite para a liberação será de R$ 4.650,00. E que será feita no mesmos moldes daquela concedida às vítimas das enchentes do Rio de Janeiro.
A Caixa também vai emitir um novo CPF para as vítimas das enchentes sem cobrança de taxa e oferecer condições diferenciadas de crédito para essas pessoas.
Colaborou Adriana Fernandes, de O Estado de S. Paulo