Lula cobra dos ministros esforço até fim do mandato

O presidente disse aos ministros que somente ele e seu vice são candidatos e que o restante da equipe deve continuar trabalhando

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu, nesta terça-feira, a reunião ministerial no Palácio do Planalto cobrando de sua equipe um esforço, até o término de seu mandato. "Os candidatos aqui somos eu e o Alencar (o vice-presidente José Alencar)", afirmou Lula aos ministros. "Vocês continuam fazendo o trabalho de vocês. Cada um sabe o que fez", acrescentou, segundo relato de fotógrafos que registraram o início da reunião. Sentados próximos do presidente, à mesa de trabalho, estão os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff; da Fazenda, Guido Mantega; e das Relações Institucionais, Tarso Genro. A reunião tem como objetivo discutir a conduta do Executivo durante o período eleitoral. Conforme a programação, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, deveria fazer uma exposição inicial sobre normas relativas ao comportamento de servidores e autoridades durante o período eleitoral. Numa segunda parte da reunião, o ministro Mantega deverá apresentar dados sobre a economia, e Dilma deve detalhar as ações do governo. O presidente deverá fazer um discurso no encerramento do encontro. Cumprir a lei O porta-voz da Presidência da República, André Singer, disse que a orientação passada nesta terça-feira pelo ministro da Justiça, Mário Thomaz Bastos, na reunião ministerial que se realiza no Palácio do Planalto foi a de fazer "estritamente o que manda a lei" para evitar abusos dos servidores públicos durante a campanha pela reeleição do presidente Lula. Segundo o porta-voz, Bastos fez uma exposição sobre o que é permitido e o que é proibido no período eleitoral e um resumo das três diretrizes editadas pela presidência: uma sobre a conduta dos servidores, outra sobre publicidade do governo e uma terceira sobre gastos públicos. Na segunda parte da reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou dados da economia, especialmente sobre controle da inflação, cumprimento da meta de superávit primário e crescimento da economia. A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez um resumo sobre a ação do governo em várias áreas, como saúde, reforma agrária, habitação e programas sociais. Os ministros de cada área fizeram esclarecimentos ao longo da apresentação de Dilma, segundo Singer. O presidente Lula fez comentários ao final das apresentações de Bastos e Mantega. Segundo o porta-voz, os ministros têm "toda liberdade" para fazer campanha para o presidente Lula, desde que fora do horário de expediente. Também estão impedidos de usar pessoal e áreas da administração federal para fazer campanha. Os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso participaram da primeira parte da reunião e discutiram com Lula assuntos relativos ao parlamento, mas André Singer não especificou quais. Estão presentes, além de Lula, Bastos, Dilma e Mantega, o vice-presidente José Alencar e outros 27 ministros, incluindo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (que tem status de ministro), e estão ausentes quatro: Gilberto Gil (Cultura) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que estão viajando, e Luiz Marinho (Trabalho) e o advogado-geral da União, Álvaro Costa, por motivos pessoais. Matéria alterada par ao acréscimo de informação

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