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Lula cobra garantias de Alckmin de que não irá privatizar a Petrobras

O presidente afirmou que aliados do tucano se dizem a favor da privatização

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista à Rede Record, nesta quarta-feira, que o PSDB tem uma história de processos de privatizações. A jornalista lembrou que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que irá acabar somente com a ´mentirobrás´, o que Lula rebateu perguntando: "Qual a garantia de que Alckmin não irá privatizar? Aliados a ele se dizem a favor da privatização da Petrobras. Ele é que tem que se explicar". Terrorismo eleitoral Perguntado se, quando insiste nas privatizações, está fazendo terrorismo eleitoral, Lula afirmou que fala baseando-se em fatos concretos. "Vamos ver se seus aliados (de Alckmin) vão deixar assumir compromisso de que não irá privatizar", disse. O presidente voltou a criticar a promessa de Alckmin de vender o polêmico avião presidencial, apelidado de "Aerolula" e construir hospitais. "Ele quer vender um avião, que é um patrimônio público, que é utilizado pelas Forças Armadas, não é utilizado só pelo presidente da República, e é para qualquer presidente da República", criticou Lula, lembrando que, por isso, brincou recentemente, ao dizer que Alckmin também privatizaria o "Aerolula". Apoio de Blairo Sobre o apoio recebido do governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi, logo após a liberação de R$ 1 bilhão em recursos oficiais para o Estado e mais R$ 2 bilhões para o setor do agronegócio com o governo federal, o presidente alegou que "não existe a possibilidade de se liberar R$ 1 bilhão por um apoio". Lula afirmou ainda que as reivindicação do agronegócios não foram somente de Maggi, e explicou que o processo para se aprovar medidas é demorado. "Infelizmente, no Brasil não se pode fazer nada na época das eleições. E quem perde é o Brasil", disse, ressalvando que não irá deixar para depois das eleições o que pode ser feito agora somente para evitar críticas. Lula voltou a repetir que nenhum governo permitiu tantas investigações como ele e prometeu continuar a investigar se for reeleito. O petista afirmou que "só tem um país que fez mais do que nós, foi a Itália, com a operação Mãos Limpas", numa referência à operação que acabou com a máfia naquele país. Crescimento econômico Sobre a economia, afirmou que o País não cresceu tanto quanto ele gostaria em seus quatro anos de governo porque "a economia estava em frangalhos", em referência ao governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso. Segundo Lula, seu governo preparou os alicerces e "levantou a parede" para que, a partir do segundo mandato, o Brasil cresça. "O País nunca esteve tão preparado para crescer", e emendou: "Não existe terremoto, não existe intempéries, não existe crise externa que faça o Brasil deixar de crescer acima de 5% nos próximos anos." "Qualquer economista sério pode dizer que o que fizemos nos quatro anos parece milagre. Quando tomei posse, muitos diziam que o Brasil quebraria. O Brasil tem reserva, superávit na balança comercial e geração de empregos", argumentou Lula. De acordo com o petista, o atual cenário econômico do País será importante para melhorar a vida de pessoas que ainda se encontram em situação desfavorável. "Com uma combinação entre uma política social forte e, ao mesmo tempo, uma política de crescimento econômico, geração de emprego e distribuição de renda, nós temos a convicção de que nós vamos melhorar o Brasil definitivamente", avaliou. Colaboraram Flavio Leonel e Carolina Ruhman Este texto foi alterado às 20h52 com inclusão de informação

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