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Lula dá ao PMDB duas vagas na coordenação da campanha

Nomes devem ser apresentados pelo partido nesta semana. O Presidente também pediu ao PMDB que indique um nome para participar da organização da campanha em cada Estado

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ao PMDB duas vagas na coordenação central de sua campanha à reeleição. Segundo os senadores peemedebistas Ney Suassuna (PB) e Romero Jucá (RR), que participaram de um jantar da ala governista do partido com Lula na Granja do Torto na noite desta segunda-feira, o nome de dois parlamentares serão apresentados pelo partido até o final desta semana. Esses nomes, segundo eles, serão de políticos que não são candidatos. Lula também pediu ao PMDB que indique um nome para participar da organização da campanha em cada um dos 27 Estados, informa o Blog do Noblat. Participaram do jantar representantes de pelo menos 19 dos 27 diretórios do PMDB que lançaram o Movimento Pró-Lula, em apoio à sua reeleição. Suassuna informou que além de receber o ?apoio integral? de 19 diretórios do partido, Lula terá a ajuda de dissidentes de seções da legenda em Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes do jantar, Lula, que há alguns dias devolveu ao PMDB o comando dos Correios, rebateu as críticas de que aderiu de vez ao fisiologismo com um argumento singelo: não responderá por escândalos e deslizes cometidos em áreas de seu governo controladas por outros partidos. O presidente deixou claro que o partido terá de assumir integralmente a responsabilidade pelo que vier a ocorrer em sua órbita de atuação no governo. ?É mais que justo que o partido que tenha um ministro no governo seja o responsável por todo o ministério?, disse Lula, ao ser abordado por jornalistas após almoço oferecido ao presidente de Gana, John Agyekum Kufuor, no Itamaraty. Ao mencionar sua proposta de ?governo de coalizão?, tendo o PMDB como parceiro preferencial, Lula citou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, como exemplo do que almeja para um eventual segundo mandato. ?Ele é do PMDB. Se tiver qualquer problema, o ministro será o responsável. O mesmo vale para a Saúde?, insistiu. Correios, ministérios e estatais No caso da Saúde, o PMDB pressiona o Palácio do Planalto para assentar na cadeira de ministro o atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Paulo Lustosa, que ocuparia o lugar do atual titular, José Agenor da Silva. Até agora, o PT conseguiu barrar a indicação de Lustosa. Na quinta-feira, Lula nomeou na cota do PMDB o presidente e três diretores dos Correios, além de prometer à legenda, caso seja reeleito, mais ministérios e o comando de uma penca de empresas estatais. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que o PMDB deverá participar de um eventual segundo mandato de Lula. ?O País não pode ser governado por uma força ?pura?, seja de direita ou de esquerda?, disse. ?As instabilidades que ocorrem no Brasil têm muita relação com a falta de estabilidade dos partidos.? O programa de governo de Lula, segundo Tarso, conterá as ?diretrizes mínimas? para a coalizão. ?Os partidos deverão assumir a responsabilidade pelo que vierem a fazer no governo e perante a sua base parlamentar, para que ela não se fracione, como vem ocorrendo desde 1988.?

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