Lula diz que imprensa tem que ajudar a resgatar a ética brasileira

Segundo o presidente, a construção da moral ajuda a criar uma sociedade menos motivada ao crime

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Por Agencia Estado
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No quinto bloco do debate na TV Bandeirantes neste domingo, o jornalista José Paulo de Andrade perguntou ao candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva: "Recentemente, um conhecido autor de novelas constatou que os vilões que criara tinham mais simpatia do público. Com isso, concluiu que a moral do brasileiro anda em frangalhos. Consolida-se que o Brasil vive uma crise moral. Que formação os jovens estão tendo? Como o senhor pretende resgatar valores como trabalho, honestidade, ética, civismo, que são a base de uma nação forte?". Lula, desviando da pergunta, voltou a falar do Aerolula. "Eu volto à questão do Aerolula. O brasileiro tem juízo e não pode ouvir alguém dizer uma sandice desta. Ele (Alckmin) não vendeu nenhum quando ele herdou." Feita esta colocação, o presidente então respondeu: "Eu tenho dito que tão grave quanto os problemas que temos no Brasil é o problema da desagregação da estrutura brasileira. A imprensa também tem parte nisso. A sociedade tem parte nisso. Ou nós começamos um processo de educação, desde o ensino fundamental, ou fazemos mais leis. Tornar crime inafiançável o financiamento de campanha, o crime da pessoa que sonega imposto neste País. Aí, trabalhar com os meios de comunicação, mostrando como podemos ajudar este país. Ajudar a criar uma sociedade menos motivada ao crime." Alckmin então disse que, quando assumiu o governo de São Paulo, encontrou dois aviões, e "vendi os dois". "Tinha dois helicópteros, eu dei para a polícia, porque tenho de dar exemplo", completou. "Acho que essa campanha de princípios, valores, qual autoridade do Lula vir com essa arrogância?" Lula então lembrou que a maior parte dos prefeitos envolvidos no caso do sanguessugas - máfia que superfaturava a venda de ambulâncias com dinheiro da União - eram do PSDB e do PFL. "De todos os crimes, 61% vieram antes de 2003".

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