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Lula e Alckmin destacam desempenho no debate no horário eleitoral

Os dois candidatos reivindicaram para si as melhores propostas e a vitória no debate, e destacaram o apoio político que têm para o segundo turno

Por Agencia Estado
Atualização:

Tanto o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, quanto seu adversário do PSDB, Geraldo Alckmin, ressaltaram no horário eleitoral na televisão desta sexta-feira seus desempenhos no debate de quinta promovido pelo SBT. Os dois candidatos reivindicaram para si as melhores propostas e a vitória no debate, e destacaram o apoio político que têm para o segundo turno destas eleições. Lula acusou Alckmin de não ter respondido todas as questões, e Alckmin, por sua vez, declarou que respondeu todas as perguntas. Os dois candidatos exibiram também cenas em que trocam acusações, especialmente na área econômica. Lula afirmou que "durante todo o tempo em que vocês (PSDB) governaram, oito anos, o Brasil não cresceu o tanto que cresceu conosco, não aumentou a renda o tanto que aumentou conosco, não reduziu o tanto que reduziu conosco, não controlou a inflação como nós controlamos", disse, mas reconheceu: "A economia brasileira não está tanto quanto eu queria no ápice, mas ela está num momento excepcional". Já Alckmin disse que "ele (Lula) acha que está bom 2% de crescimento. Aliás, disse que o País não tem pressa para crescer. Eu tenho pressa. Porque a questão número um do País é o seu filho poder ter emprego, ter oportunidade de trabalho. Não vai ter trabalho com essa carga tributária de 40% do PIB, que é o dobro da Argentina, do México". Ele prometeu cortar gastos, reduzir juros e impostos. Lula afirmou que construiu os alicerces para o crescimento econômico e que o País está agora pronto para crescer, ao mesmo tempo em que distribui renda. Ele destacou as realizações de seu governo, principalmente na área social e na saúde e de educação. Já Alckmin ressaltou suas medidas e apresentou suas para as áreas de educação, segurança e saúde, além do combate à corrupção e geração de emprego. Petista e tucano reapresentaram suas principais propostas para o País. Lula prometeu gerar empregos, através de medidas como diminuir impostos, expandir o crédito, aprofundar a redução da taxa de juros, estimular as micro e pequenas empresas e a agricultura e estimular o setor de construção civil. Na área social, ele prometeu ampliar os programas Bolsa Família, Luz para Todos, ProUni, Samu, Brasil Sorridente e Farmácia Popular, instalar laboratórios de informática em escolas de ensino médio, criar escolas técnicas em todas as cidades pólo do País e reformar unidades de emergência dos hospitais públicos. O tucano também prometeu gerar empregos e apresentou seu plano de obras de infra-estrutura. Para Minas Gerais, Alckmin prometeu recuperar estradas e fazer escolas técnicas e melhorar o serviço de emergência média. Ele afirmou que irá acelerar as obras do metrô no Recife, em Fortaleza e em Salvador, e construir "de verdade" a Refinaria de Recife. O tucano prometeu combater o crime organizado no Rio de Janeiro e em São Paulo, e fazer um programa de moradia no Nordeste. Alckmin disse também que irá estimular o agronegócio no Centro-Oeste, e a agricultura familiar no Sul. Os dois candidatos ressaltaram os apoios políticos que têm para o segundo turno. Lula utilizou os depoimentos dos governadores eleitos Blairo Maggi (sem partido -MT), Binho Marques (PT-AC), Jacques Wagner (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Marcelo Déda (PT-SE), Cid Gomes (PSB-CE) e Eduardo Braga (PMDB-AM), e do candidato do PMDB ao governo do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Alckmin, por sua vez, exibiu os depoimentos dos governadores eleitos Aécio Neves (PSDB-MG), José Serra (PSDB-SP), Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), da candidata ao governo do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) e do senador eleito de Goiás de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB). O tucano ainda afirmou que possui o apoio dos empresários, e mostrou cenas do diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, e da acionista do Grupo Pão de Açúcar Lucília Diniz.

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