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Lula nega ter falado em fechar o Congresso

Nota oficial desmente notícia publicada na coluna da jornalista Sônia Racy, no Estado de S. Paulo, dizendo que Lula teria defendido a tese durante um jantar, na quinta-feira passada

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou neste domingo, por meio de nota oficial, a notícia de que pretenda fechar o Congresso para implantar reformas que acelerem o crescimento econômico do País, caso seja reeleito. "Ao longo desses 44 meses de mandato, o presidente não só demonstrou absoluto respeito pela liberdade e soberania do Congresso como fez questão de prestigiá-lo e valorizá-lo com repetidos gestos de apreço", afirma a nota, assinada pelo porta-voz da Presidência, André Singer. Conforme a notícia, publicada na coluna da jornalista Sônia Racy, na edição deste domingo no Estado de S. Paulo, Lula teria defendido a tese durante jantar, na quinta-feira passada, na casa do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. "Aqui é mais complicado", respondeu o presidente, quando indagado sobre o que seria necessário para o Brasil alcançar índices de desenvolvimento semelhantes ao da China, acima de 7% ao ano. "A China é uma ditadura. Para fazer isso, só se eu fechasse o Congresso". Segundo a nota presidencial, é falso que Lula tenha feito, em qualquer momento, "afirmação que pudesse ser entendida como ameaça ou hipótese de restrição ao livre, pleno e soberano funcionamento do Congresso". A nota ressalta ainda que a história de luta do presidente está comprometida com a democracia e, "por consequência, com a soberania e a independência dos poderes que constituem o regime democrático". A colunista relata que, após um breve momento de perplexidade, os empresários presentes ao jantar passaram a fazer fortes críticas ao Congresso atual. Lula então não perdeu a chance de avançar um pouco mais na questão e disse temer que o próximo Congresso não seja melhor que o atual, prevendo que, entre os eleitos, deverão estar figuras como o ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, que responde a vários processos por corrupção e o costureiro Clovovil, conhecido por suas posições de direita.

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