Lula quer receber diagnóstico diário sobre aeroportos

Presidente espera solução rápida para que as pessoas passem as festas de fim ano com tranqüilidade e quer profissionais especializados nos aeroportos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 22, que determinou à Aeronáutica, à Infraero e à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que lhe encaminhem informações diárias sobre os problemas nos aeroportos. "Quero um diagnóstico diário do que acontecendo em cada aeroporto", afirmou o presidente durante café da manhã com jornalistas. Ele informou que determinou à Anac, à Infraero e à Aeronáutica que tenham profissionais especializados nos aeroportos. "Quero a solução para que as pessoas passem o Natal e no ano novo com tranqüilidade". Lula disse que tem dúvidas se a solução para o problema hoje é a desmilitarização do controle do tráfego aéreo. Ele considerou muito longo o prazo de 60 dias para que seja encontrada uma solução. "Quando a gente passa dos 60, o ano fica muito curto e passa muito depressa. Quero uma solução rápida. Quero que o passageiro seja informado porque o vôo dele atrasou e o que está acontecendo. Isso eles vão ter que fazer", afirmou. O presidente disse também que agora sabe que o problema nos aeroportos não são mais os controladores de vôo. "Eles estão trabalhando agora certinho. Só espero que ninguém venda passagem a mais". Lula avaliou que a quebra da Varig causou um problema imenso para o setor aéreo. "Hoje todas as companhias estão trabalhando no sufoco, 24 horas," afirmou. Sobre os problemas na aviação que vem ocorrendo desde 29 de setembro, quando o Boeing da Gol se chocou com o jato Legacy, matando 154 pessoas, Lula afirmou: "Não existia até agora a verdade absoluta na área de aviação". Lula enumerou uma série de desculpas que foram apresentadas para os problemas: "primeiro jogaram para a culpa nos controladores, depois houve o apagão dos instrumentos em Brasília. Depois o problema da torre de Curitiba, depois dois temporais muito fortes". Informou ainda que disse ao comandante da Aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, que não tinha sentido concentrar o controle dos vôos do Sul em Brasília. "São Paulo também tem que ter controle", disse.

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