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Lula questiona capacidade do Congresso de fazer reforma política

Ele disse não saber se as pessoas que estão legislando em causa própria podem fazer a reforma desejada pela sociedade

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quinta-feira, 3, que "o Brasil precisa de uma reforma política profunda". "É preciso que a gente dê respeitabilidade à política brasileira. Eu não sei se as pessoas que estão legislando em causa própria podem fazer a reforma que a sociedade precisa", afirmou Lula, durante visita às obras de construção das Plataformas P-51 e P-52 da Petrobras, no Estaleiro Brasfels. Na quarta-feira, em entrevista ao telejornal SBT Brasil, Lula afirmou que o Congresso pode votar uma legislação que atende apenas os próprios interesses. Lula reafirmou que a iniciativa da reforma política não precisa ser do Executivo, e poderia ser do próprio Congresso Nacional ou dos partidos políticos. "Já tenho muita coisa para fazer", disse. O presidente afirmou também que respeita o Congresso "porque cada cidadão que está lá foi eleito pelo povo brasileiro". O presidente ressaltou que "o mesmo povo que elege a gente é o mesmo povo que tem direito de tirar". Lula destacou a importância de se ter estruturas partidárias fortes e desejou que o Brasil "possa também na política ser um exemplo para o mundo". Lula disse que está visitando o estaleiro na condição de alguém que viu nascer essas plataformas. Ele evitou dessa forma responder se estava fazendo a visita na condição de presidente da República ou de candidato à reeleição. O presidente disse que esteve no estaleiro em dezembro de 2003 e viu trabalhadores chorando. "Vim aqui com este estaleiro praticamente falido. Agora, a indústria naval está se recuperando e hoje vejo muitos trabalhadores felizes. Lula fez um discurso de menos de cinco minutos em almoço com funcionários do estaleiro Brasfels. De acordo com o secretário de imprensa da Presidência da República, André Singer, o presidente lembrou que a antiga diretoria da Petrobras em 2002 tinha posto em dúvida a capacidade de os estaleiros no Brasil construírem a plataforma.

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