
23 de outubro de 2010 | 00h00
Aécio repetiu uma expressão usada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em 14 de setembro havia dito que Lula age como "militante e chefe de facção" na campanha eleitoral e pregado que o Supremo Tribunal Federal (STF) atue para impedir esses excessos.
Aécio foi ontem a Teresina, acompanhado pelo secretário nacional do PSDB, deputado Rodrigo de Castro, para reforçar a campanha de Serra e do candidato do PSDB a governador, Silvio Mendes. "O presidente entra em discussões e análises de relatórios da Polícia Federal de forma equivocada, violentando as instituições de Estado em favor de sua candidata", afirmou Aécio, referindo-se à petista Dilma Rousseff. "Está no DNA do PT trabalhar com quebra de sigilo, informações forjadas e dossiês."
"As agressões contra Serra são lamentáveis. A democracia pela qual tanto lutamos é um patrimônio maior do que uma eleição", disse. Ele criticou Lula por "reagir de forma ofensiva" contra Serra, que foi agredido quarta-feira no Rio. Para Aécio, o presidente "não contribui para o fortalecimento da democracia", agindo dessa forma. "Ele pode apoiar, mas é importante que mantenha as instituições de Estado fortalecidas e imunes à interferência eleitoral."
Aécio declarou que a PF "agiu de forma parcial" no caso da violação de dados sigilosos de tucanos. Questionado se tinha ligação com o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, pivô do caso, ele afirmou que não, descartando a versão de que haveria "fogo amigo" dentro do PSDB. "Quando se lê o relatório do jornalista investigado, se vê que não tem nada nessa direção", declarou. "O que ele diz é que foi um membro do PT o responsável pelo vazamento das informações. Isso desmente o presidente da República."
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