Acusado de envolvimento na morte de Eliza Samudio, Luiz Henrique Ferreira Romão, de 32 anos, mais conhecido por Macarrão, deixou a cadeia por volta das 22h30 desta sexta-feira, 2. Ele cumpria pena no Presídio Doutor Pio Canedo, em Pará de Minas (MG), e obteve na tarde de quinta, 1º, o direito de passar para o regime aberto, porém, problemas com a liberação acabaram atrasando a sua saída.
Macarrão, que não quer mais ser chamado pelo apelido, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza e pelo sequestro de seu filho. Ao sair do presídio ele foi cercado por repórteres e falou que nunca tentou se passar por "coitadinho". Mas garantiu que está arrependido do crime que cometeu. "Infelizmente não tenho como voltar atrás. Se pudesse eu voltaria". Neste sábado, 3, a mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura, se pronunciou sobre a soltura de Macarrão: 'Minha pena é perpétua'.
+++ Justiça autoriza goleiro Bruno a dar aulas de futebol fora da cadeia
Ele ficou preso por sete anos, sendo que nos últimos 20 meses conseguiu o benefício do regime semiaberto e deixava a prisão para estudar e trabalhar na limpeza de uma igreja. Agora, apesar de livre, terá de cumprir algumas exigências da Justiça, como ficar em casa no período noturno e nos fins de semana, não frequentar bares e comparecer todo mês ao Fórum.
A progressão da pena foi concedida pelo juiz Antônio Fortes de Pádua Neto, que levou em conta questões como bom comportamento. Ao ser libertado, ele foi para a casa de parentes e disse que seguirá fazendo o curso técnico que começou na cadeia visando ter uma profissão.
+++ Polícia faz buscas, mas não encontra corpo de Eliza
O crime. Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo nunca foi encontrado, sendo Luiz Romão (Macarrão) condenado por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. Ele foi acusado de ajudar o goleiro Bruno Fernandes a se livrar da vítima, com quem teve um filho e se negava a assumir a paternidade.
+++ Bruno é condenado a 22 anos pela morte de Eliza Samudio
Bruno na época era jogador do Flamengo e o caso ganhou grande repercussão. O atleta foi condenado inicialmente a mais de 22 anos de prisão, tendo depois a pena caído para 20 anos e nove meses. Hoje ele está em Varginha (MG), onde durante o dia deixa a cadeia para dar aula de futebol para crianças de uma entidade local. A defesa vem tentando a progressão da pena, mas o direito ao semiaberto deve ser concedido somente em 2019.