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Madrugada começa sem rebeliões em presídios paulistas

O governo do Estado de São Paulo acredita que as ações tenhams sido organizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC)

Por Agencia Estado
Atualização:

A terça-feira, que começou e transcorreu com rebeliões em Centros de Detenção Provisória (CDP) do Estado de São Paulo, termina em paz, com rendição total de todos os rebelados. Num balanço da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), essa série de levantes de presidiários, envolveu 5.055 detentos e 55 funcionários foram feitos reféns. O número total de feridos chegou oficialmente a 19,entre internos quanto reféns. Segundo a SAP, os tumultos foram "uma resposta" dos internos ao ocorrido, na noite de anteontem, na penitenciária de Iperó, ocupada pela Tropa de Choque. Os policiais disparam bombas de efeito moral e balas de borracha contra os presos rebelados. Apesar da tensão durante todo o dia, até o início da noite, já haviam encerrado as rebeliões em Caiuá, região de Presidente Prudente, de São José do Rio Preto e de Franco da Rocha. As duas últimas a se encerrar foram as de Mogi da Cruzes e de Mauá, ambas na grande São Paulo. Em Mogi, a revolta começou às 10 horas, quando os rebelados, fizeram 11 agentes reféns. No meio da tarde, eles libertaram um dos funcionários e às 19h50 encerraram o tumulto. Haviam destruído o CDP. Os reféns foram levados a um hospital, com ferimentos leves. Em Mauá, o levante começou às 11h45. Cinco agentes foram feitos reféns pelos detentos, que tinham uma pistola e munição. Às 18h45, eles libertaram os funcionários e entregaram uma arma de arma, depois de negociarem com diretores. A SAP abrirá sindicância para investigar todos os levantes. O objetivo é identificar os líderes para pedir à Justiça sua inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O governo do Estado acredita que a ação tenha sido organizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), assim como em fevereiro de 2001, quando ocorreram levantes simultâneos em 29 prisões. Anteontem a mesma facção divulgou um manifesto no qual critica "maus-tratos e o desrespeito aos direitos de detentos".

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