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Mãe acusada de matar filha com cocaína é transferida

A mulher foi transferida após ser espancada por suas companheiras de cela depois que elas tomaram conhecimento da sua história pelo noticiário

Por Agencia Estado
Atualização:

A mulher, presa no dia 29 de outubro, acusada pela polícia de Taubaté de dar leite misturado com cocaína à filha de 1 ano e três meses e, com isso, ter provocado a morte da menina, foi transferida na quinta-feira, 2, para a Cadeia Pública de Caçapava. Segundo sua advogada, Gládiva de Almeida Ribeiro, ela aparenta estar melhor, mas continua abalada emocionalmente. A advogada esteve com a mulher na sexta-feira, 3, e a acompanhou em uma consulta na Santa Casa de Caçapava, feita com a mesma médica que a havia atendido em Pindamonhangaba. "A médica disse que não precisa pedir novos exames, porque já sabe do quadro da paciente", afirmou Gládiva. Sua cliente teria solicitado a ela, que a mantenha em Caçapava, onde está se sentido melhor. Ela está numa cela junto com outras três presas. "Ela está muito lúcida, chora bastante pela morte da filha e em nenhum momento aparenta alguma anormalidade comportamental, mas nega os fatos veementemente", afirmou Gládiva. Segundo ela, uma das presas tem conhecimentos médicos e está ajudando a cuidar da mulher. Na segunda-feira, 30, a suposta criminosa foi levada à Santa Casa de Pindamonhangaba depois de ser presa e interrogada pela polícia de Taubaté. Ela acabou sendo espancada por suas companheiras de cela depois que elas tomaram conhecimento da sua história pelo noticiário da TV. Morte da criança A mãe levou a filha ao hospital na noite do sábado, 28, com convulsão e vômito. Após três paradas cardíacas e uma respiratória, a menina morreu no Hospital Universitário de Taubaté. Os médicos que atenderam a criança notaram a presença do entorpecente nas boca da menina. Exames comprovaram que se tratava de cocaína e a mãe foi presa em seguida no hospital, mas disse que não se lembrava do crime. A mulher é a mesma que, há cerca de um mês, acusa um médico residente de tê-la estuprado nas dependências do mesmo hospital onde a filha morreu e esteve internada anteriomente com crises de epilepsia, provocada supostamente por ingestão anteriores de cocaína. Segundo os médicos, o quadro apresentado pela menina no domingo era o mesmo das outras vezes que ela foi internada.

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