Mãe adotiva de Pedrinho diz em juízo que é inocente

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Vilma Martins Costa, a mãe adotiva de Osvaldo Martins Junior, o Pedrinho, negou nesta quarta-feira em juízo que tenha seqüestrado o rapaz em 1986, em Brasília. Vilma disse à juíza Lília Monica Borges de Araújo, da vara de Precatórias de Goiânia, que a criança chegou até ela depois de ter sido doada por uma gari de Brasília para o seu falecido marido, Osvaldo Martins. O depoimento de Vilma foi antecipado em um dia a pedido da acusada para fugir do assédio da imprensa. A juíza Lília Mônica aceitou o pedido e o depoimento foi no fórum de Goiânia, acompanhado por um promotor. Durante duas horas, Vilma disse que é inocente e que pouco antes de receber Pedrinho foi orientada pelo marido a forjar a gravidez depois de ter sofrido um aborto. Vilma contou à juíza que depois do aborto ela e o marido procuraram crianças para adoção em creches e abrigos. Como não tiveram sucesso, ele a teria orientado a ir para Itaguari, no interior do Estado, enquanto uma suposta mulher iria buscar uma criança para adoção na cidade de Mara Rosa. Vilma afirmou que em 28 de janeiro de 1986 foi chamada pelo marido de volta para Goiânia, pois ele teria conseguido um bebê. Ela contou que foi até o trabalho de Osvaldo, na Prefeitura de Goiânia, e teria recebido o bebê das mãos do marido ali mesmo, na Praça Cívica. Segundo ela, Osvaldo não quis dar detalhes sobre a criança. "Ele era de pouca conversa", disse à juíza. Tudo o que o marido teria dito a Vilma, segundo ela, é que recebeu o bebê de "uma senhora que o havia buscado em Mara Rosa". Ele acrescentou que não haveria perigo de a mãe biológica querer a criança de volta. Vilma disse que Osvaldo não informou o nome nem da gari, nem da mulher que teria ido buscar a criança. Ela disse à juíza que nunca escondeu o menino - ele teria sido mascote do Goiás Esporte Clube aos 3 anos. Os filhos do primeiro casamento de Osvaldo Martins ficaram revoltados com o depoimento de Vilma, que segundo eles, tenta incriminar o pai, que já está morto e não pode se defender.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.