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Mãe confessa assassinato de filhos em Jundiaí

Elisângela Rosa Camargos matou crianças com uma lixadeira com disco de corte

Por Agencia Estado
Atualização:

A dona de casa Elisângela Rosa Camargos, de 25 anos, foi detida nesta quarta-feira e confessou ter assassinado seus dois filhos com uma lixadeira com disco de corte. O crime ocorreu na residência dela em Jundiaí, interior de São Paulo, na tarde de terça. Elisângela foi ouvida pelos delegados Paulo Sérgio Martins e Antonio Dota Júnior na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Jundiaí e encaminhada para a cadeia de Itupeva, cidade vizinha. "Eu não fiz isso por querer. Eu não fiz isso por querer", disse a mulher durante entrevista na qual chorou e demonstrou estar assustada. Segundo Elisângela, o crime não foi planejado. Ela levou e buscou o filho de à escola. Deu fruta para as crianças comerem. Por volta de 13 horas disse ter ido buscar a lixadeira do marido, Gilmar de Paula Oliveira, na pequena serralheria da família que funcionava nos fundos da casa. O pai das crianças, que é funcionário da área de manutenção de uma loja de eletrodomésticos, estava no trabalho. Elisângela contou à polícia que ligou a máquina no quarto do casal e degolou o filho Vinícius, de 6 anos, e ferido gravemente no pescoço a filha Thaís, de 1 ano e meio, que não resistiu. A dona de casa ainda tomou um banho antes de ir para a rodoviária, embarcar para Campinas e, de lá, para Bauru, de onde ligou na madrugada desta quarta para a irmã Sirlei. Oliveira foi ao velório das crianças, mas não ficou para o enterro, às 16h30 desta quarta, no cemitério Nossa Senhora do Montenegro. Parentes, familiares e amigos da igreja Deus é Amor, freqüentada por Elisângela, acompanharam, em choque, o enterro. "O que será que deu nela?", perguntava-se a amiga de colégio Simone Freitas, 27 anos, mãe de dois filhos. Segundo o delegado Paulo Sérgio Martins, a irmã teria ligado para a Polícia Militar e avisado do paradeiro de Elisângela. "Eu estava nervosa", disse a suspeita, ao ser questionada em entrevista sobre o motivo de sua ida a Bauru. Elisângela nega participação de qualquer outra pessoa no crime. Os delegados pediram prisão temporária de 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, por duplo homicídio, duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa das vítimas). A pena em caso de condenação varia de 12 a 30 anos de prisão.

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