A mãe do paranaense Rodrigo Gularte, de 32 anos, Clarisse, viaja amanhã para Jacarta, na Indonésia, a fim de acompanhar mais de perto o caso de seu filho. Ele foi preso com seis quilos de cocaína quando tentava entrar no país com a droga escondida em pranchas de surfe. Ontem o rapaz ligou pela primeira vez para os familiares em Curitiba desde a prisão ocorrida há 12 dias. "Ele está tranqüilo e bem, não foi maltratado", disse seu irmão Cássio. A princípio, Rodrigo deverá ser julgado pelas leis indonésias, que prevêem até a pena de morte para crime de tráfico internacional de drogas. No entanto, a família acredita que é possível elaborar uma ação pedindo a extradição para o Brasil. O rapaz ocupa uma cela individual e tem um defensor público designado pelo governo indonésio para acompanhar o caso. O primo de Rodrigo e advogado da família, César Augusto de Carvalho, disse que a partir do contato com a mãe e do conhecimento de detalhes do caso ele poderá estudar a estratégia a ser adotada. Segundo Carvalho, ele pediu desculpas aos familiares e a todos os que foram envolvidos direta ou indiretamente em seu drama. "Mas não entrou em detalhes", afirmou. Rodrigo mora em Florianópolis, nas redondezas da Lagoa da Conceição, onde estudava Administração.