Mãe e filho morrem envenenados no Rio

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Por Agencia Estado
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Depois de descobrir que o marido tinha uma amante, a desempregada Maria Cristina Scanzi Hammes, de 37 anos, teria tomado um veneno para matar ratos, conhecido como chumbinho. Antes, teria dado um pouco para o filho, o estudante Anderson Hammes, de 13 anos. Ambos morreram. Os dois corpos foram encontrados na madrugada de hoje pelo marido, o gari Flávio Heleno da Silva Filho, de 34 anos, na casa da família, em São Gonçalo (Grande Rio). A polícia encontrou o veneno dentro de uma garrafa de cerveja. De acordo com relato de vizinhos do casal, no fim da noite de quinta-feira, Maria Cristina discutira violentamente com o marido, que confessou ter uma amante. O gari contara que dormia havia algumas semanas na casa da outra mulher, localizada no bairro vizinho de Santa Catarina, também em São Gonçalo. Os vizinhos disseram ainda que a desempregada estava bastante desconfiada do marido por causa das sucessivas noites que ele não passava em casa. No início da semana, uma irmã de Maria Cristina confirmou a suspeita. Em depoimento à 72ª Delegacia Policial (São Gonçalo), o gari, que estava casado havia doze anos, disse que, durante a briga, Maria Cristina chegou a lhe dizer: "Você acabou com a vida de duas pessoas", referindo-se à dela e à do filho do casal. Depois da discussão, o gari saiu da casa e só retornou por volta da meia-noite, quando a mulher e o filho já estavam mortos. Ele disse ter voltado para deixar dinheiro para as despesas da família. Apesar das evidências, ainda não está descartada a hipótese de que mãe e filho tenham sido assassinados. Segundo o delegado substituto Germano Nogueira Filho, no entanto, a tese de homicídio seguido de suicídio é a mais forte. "Ela foi abandonada e ainda estava sem emprego. A depressão era muito grande", afirmou o delegado.

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