Mãe nega ter ateado fogo no corpo da filha

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O delegado de Guatapará, região de Ribeirão Preto, Luciano Henrique Cintra, ouviu hoje o depoimento da cozinheira Marina Lúcia Maximiano, de 53 anos, que teria jogado álcool e ateado fogo no corpo da filha Jéssica Maximiano Zucchermaglio, de 18 anos. O incidente ocorreu no início da madrugada do dia 16, na casa delas, na Olaria São Luís, zona rural, ao lado da cidade. Segundo Cintra, Marina Lúcia negou que tenha cometido o crime, alegando que foi um acidente, não um ato intencional. "É prematuro fazer um indiciamento", disse o delegado. Jéssica está internada no Hospital Especializado de Ribeirão Preto. Pelas informações da própria Jéssica, no dia do incidente, a mãe teria jogado álcool e ateado fogo em seu corpo porque ela havia chegado em casa duas horas depois do combinado. Segundo informou à polícia hoje, Marina Lúcia estaria cozinhando e um litro de álcool estava ao lado do fogão, pois seria utilizado durante a aplicação de insulina. Marina é diabética e aplica insulina duas vezes ao dia. O marido Charles Cléber estava trabalhando e chegaria pouco depois em casa. Cintra informou que Marina Lúcia alegou ter esbarrado no litro de álcool e, como o fogo estava alto, teria saltado na filha, queimando seus dois braços, o tórax e a coxa esquerda. Para apagar o fogo, a mãe jogou água. Não deu certo e então Jéssica foi para o chuveiro, conseguindo apagar o fogo. Ela ainda trocou de roupa e foi ao Pronto-Socorro, de bicicleta, para ser medicada. A mãe ficou esperando o marido em casa. Às 3 horas, o médico plantonista a liberou. Às 10 horas, porém, voltou para a troca do curativo e outro médico a encaminhou para Ribeirão Preto. O estado de Jéssica inspira cuidados e ela está sob sedativos. "As queimaduras se agravaram", comentou o delegado, que espera a alta hospitalar de Jéssica para concluir o inquérito. O pai dela, embora não tenha visto o incidente, também irá depor. Marina Lúcia poderá ser indiciada por lesão corporal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.