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Mãe presa e agredida não drogou filha, diz laudo

Mulher foi detida em 29 de outubro acusada de drogar e matar filha; advogada entrou com pedido de habeas corpus para libertar cliente

Por Agencia Estado
Atualização:

O laudo definitivo do Instituto de Criminalística de São Paulo detectou ausência de cocaína na mamadeira tomada pela menina de 1 ano e 3 meses, que morreu vítima de convulsões e três paradas cardíacas em 29 de outubro, em Taubaté, no Vale do Paraíba. Mesmo assim a mãe da criança, Daniele Toledo do Prado, de 21 anos, presa acusada de drogar a filha, além de continuar detida, foi espancada por outras presas e perdeu boa parte da visão e da audição. Devido à agressão, Daniele foi transferida de uma cela comum na cadeia feminina de Pindamonhangaba para uma especial no presídio feminino de Tremembé. Na segunda-feira, 4, depois da divulgação do laudo pela Justiça, a advogada de Daniele, Gladiwa de Almeida Ribeiro, protocolou um pedido de habeas corpus no Ministério Público pedindo a libertação da mãe da criança. "Hoje ela voltou a sorrir, conseguiu provar o que sempre negou, que não deu cocaína para a criança." A polícia civil agora aguarda laudos do sangue, das vísceras e da urina da criança para determinar a causa da morte. "A criança, há quatro meses, apresentava o mesmo sintoma, tinha convulsões e sempre era internada. Também queremos saber o que aconteceu", disse a advogada. Sem se identificar, uma familiar de Daniele disse que os parentes sempre acreditaram que ela não teria feito nada para a filha. "Ela não usava droga e era a primeira a socorrer a menina. Queremos descobrir também o que aconteceu e que seja feita justiça. Daniele está com depressão depois que a filha morreu e ainda perdeu boa parte da visão e do ouvido, depois de ter sido espancada na cadeia." A Justiça deve decidir nesta terça-feira, 5, sobre o habeas corpus solicitado pela advogada. Um exame provisório, feito pela polícia civil na língua da criança havia dado positivo para cocaína. A mãe da criança foi presa e denunciada pelo Ministério Público à Justiça, que aceitou a denúncia. A presença da substância entorpecente foi levantada pelos médicos que atenderam a menina, no Pronto Socorro Municipal de Taubaté.

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