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Mãe só soube de morte no velório

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Por Redação
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A menina Penélope Correia, de 5 anos, foi enterrada na tarde de ontem no cemitério público Vale da Paz, na periferia de Goiânia. Cerca de 50 pessoas participaram do sepultamento. A mãe, Erica, foi sedada pelos médicos e compareceu apenas ao velório. O pai, Kleber da Silva, foi enterrado no fim da tarde no cemitério particular Jardim das Palmeiras. Pela manhã, Erica esteve por 20 minutos no velório da filha. A mulher estava com a cabeça e um dos braços enfaixados e o rosto ainda trazia as marcas do extintor de carro usado para agredi-la na tarde de quinta-feira. Ela só foi informada da morte de Penélope na manhã de ontem, depois de sair do hospital, no carro que a levou para o velório da filha. "Tomara que ele não faça nada contra a minha filha, a minha razão de viver", chegou a dizer antes, segundo o relato de um primo. Momentos antes do sepultamento de Penélope, Elaine, tia da menina, chegou a desmaiar e teve de ser levada para um hospital. Os parentes de Silva não compareceram ao enterro da garota. No Jardim das Palmeiras, os parentes limitaram-se a dizer que Silva "era e ainda é a pessoa ?mais boa? do mundo". De acordo com o irmão, Miguel Barbosa Filho, tratava-se de um "pai atencioso". Nos dois locais, ninguém conseguia imaginar um motivo para a tragédia familiar.

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