Mais 3 corpos são resgatados do oceano

Mas FAB já consulta especialistas sobre fim das buscas

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Por MONICA BERNARDES
Atualização:

Ontem, mais três corpos foram encontrados pela Fragata Constituição, o que aumentou para 44 o número de resgatados. Os corpos estavam na área sob controle de Dacar, onde se concentram as buscas desde quarta. A Constituição deixa hoje a área deve chegar a Fernando de Noronha, com os cadáveres, no domingo. Apesar dos avanços no resgate, a redução no volume de corpos e destroços encontrados no Atlântico preocupa o comando militar, justamente quando as buscas avançam pela área sob jurisdição do Senegal. "As chances de encontrarmos todos os corpos é extremamente remota. Nem todas as famílias das vítimas do acidente terão os corpos de seus parentes", afirmou ontem o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), reforçando os sinais de que a operação caminha para o encerramento, nas próximas semanas. A previsão é de que os trabalhos prossigam por mais uma semana. Fontes ligadas à FAB também afirmam que o comando já começou a ouvir especialistas que podem prestar informações técnicas sobre o período em que é possível achar corpos em situações como a atual. PERÍCIA Até agora, o Instituto de Medicina Legal de Pernambuco não se pronunciou oficialmente sobre os trabalhos de perícia nos corpos. De acordo com informações repassadas pela Assessoria de Imprensa da Secretaria de Defesa Social (SDS), apesar de os cadáveres terem chegado ao local na madrugada de anteontem, os peritos tiveram de aguardar o descongelamento para iniciar a análise. Ainda segundo a assessoria, não há previsão para a conclusão dos trabalhos de identificação. Apesar de não adiantar informações, a SDS confirmou que algumas vítimas só poderão ser identificadas por meio de exames de DNA. Duas amostras foram recolhidas pelos peritos em Fernando de Noronha. Uma delas ficará no Recife e a outra será enviada a Brasília. Além do DNA, pode-se fazer a identificação de corpos por exames de digitais ou arcada dentária, dependendo do estado de preservação. O trabalho conta com equipes de apoio vindas da Paraíba (seis peritos, entre legistas, auxiliares e odontolegistas), Alagoas (três auxiliares de legista) e Ceará (dez auxiliares de legista). Por enquanto, 20 legistas pernambucanos estão escalados para o trabalho e outros poderão ser chamados, caso haja necessidade.

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