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Mais de meio milhão de pessoas participam da Parada Gay

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 600 mil pessoas, de acordo com estimativa dos organizadores, participaram neste domingo da 6ª Parada do Orgulho Gay. A concentração foi na altura do número 1.000 da Avenida Paulista e a passeata seguiu em direção à Praça da República, no centro de São Paulo. A prefeita Marta Suplicy (PT), acompanhada pelo candidato petista ao governo do Estado de São Paulo, José Genoíno, ocuparam o primeiro dos sete trios elétricos que puxam o desfile. A chegada de Marta, pouco depois das 15 horas, provocou um tumulto que resultou até em troca de tapas entre jornalistas e seguranças da prefeita. Todos queriam subir ao mesmo tempo no caminhão, e houve tumulto quando os seguranças começaram a empurrar jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos que queriam acompanhar a prefeita de perto. As duas pistas da Avenida Paulista, completamente tomadas pela multidão, ficaram interditadas. A Polícia Militar colocou um efetivo de mais de 400 homens no policiamento. Marta A prefeita Marta Suplicy disse que espera que seu projeto de união entre homossexuais seja aprovado na Câmara dos Deputados ainda este ano. A prefeita lembrou que na primeira parada havia apenas cerca de 200 pessoas. "Todos olhavam assustados, mas aos poucos o respeito pela cidadania foi se impondo", afirmou. Marta disse ainda que tem muito orgulho de administrar uma cidade que realiza um evento como a Parada do Orgulho Gay, com tantos manifestantes. Também participaram da parada os vereadores do PT Adriano Diogo e Italo Cardoso, e os deputados estadual Renato Simões, além de José Genoíno. Além de políticos, prestigiaram o evento os atores da Rede Globo José Wilker, Otávio Muller, Vera Holtz e Cris Couto. A modelo e apresentadora Luciana Gimenez, da Rede TV, foi eleita Rainha Gay. Boa parte dos presentes não concordou com a escolha. Ela foi vaiada porque, segundo alguns manifestantes, no dia 13 de abril último teria feito um programa "homofóbico". Entre o público GLS que acompanha a passeata, havia também representantes de movimentos religiosos. Eles defendem que os direitos de igualdade dos homossexuais devem ser reconhecidos. Entre os religiosos estava um grupo católico, que distribuiu panfletos durante a passeata, e outro de Testemunhas de Jeová, que portavam faixas com mensagens de apoio ao movimento gay. Cássia Eller A cantora Cássia Eller, que morreu na véspera do ano novo, foi bastante homenageada. Houve um manifesto, assinado inclusive pela prefeita, a favor de que a companheira da cantora, Eugênia, detenha a posse do filho de Cássia, Chicão. Além dos vários grupos presentes na manifestação, de homossexuais, de lésbicas, de drag queens, muitas crianças e cachorros fantasiados e com o pelo colorido acompanharam a parada. Ao som de música tecno, disco anos 70, muita Cássia Eller e Legião Urbana a Parada atravessou a Paulista. Entre os manifestantes muitos curiosos e muitas bandeiras do PT, da CUT, do MST, do Brasil e do Corinthians, lado a lado com as bandeiras que traziam desenhos do arco-íris, símbolo do movimento gay. Curitiba, Brasília e Rio Outras três cidades irão receber a edição da 6a Parada do Orgulho Gay, que está acontecendo hoje em São Paulo. No próximo domingo (8), será em Curitiba (PR), depois em Brasília (14) e finalmente no Rio, dia 29.

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