Mais duas casas serão demolidas, afirma a Defesa Civil

Técnicos estão avaliando condições dos imóveis para autorizar retiradas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos mais duas casas devem ser demolidas, por apresentar danos estruturais, segundo informaram técnicos da Defesa Civil na tarde deste domingo, dia 14. As casas são as de número 87 e 187, na Rua Capri, e estão próximas à casa de número 162, que já foi demolida. Avisados, os moradores das casas começaram a retirar seus pertences no final da tarde. Apesar disso, o coordenador da Defesa Civil, coronel Jair Paca de Lima, informou que terá início ainda na tarde deste domingo uma vistoria nas casas interditadas por conta do desabamento no canteiro de obras da estação Pinheiros do Metrô paulistano, ocorrido na última sexta-feira. Segundo ele, a idéia é que os imóveis comecem a ser liberados para o retorno dos moradores a partir de segunda-feira, dia 15, no horário comercial, ou seja, com início por volta das 8 horas. A liberação das residências terá início pelas regiões mais distantes da cratera e seguirá de forma progressiva, devendo ser finalizada em até 48 horas. Umas das casas, localizada na rua Capri, nº 162, foi parcialmente demolida. Ainda não sabe se outros imóveis precisão ser derrubados. De acordo com o coronel, as autoridades envolvidas no caso terão neste domingo uma reunião com moradores desalojados, após as 19 horas, para tratar justamente da liberação das casas. Os encontros acontecerão nos hotéis onde estão esses moradores. Uma casa que ficava ao lado da cratera aberta em Pinheiros após o desabamento na obra do metrô na sexta-feira foi demolida neste domingo, por causa do risco de desabamento. A casa número 162 da Rua Capri era a que ficava mais próxima da cratera. Os moradores puderam entrar para retirar seus objetos pessoais, mas tiveram que deixar móveis e eletrodomésticos no local. Além da casa, foi demolido um galpão que funcionava como alojamento do canteiro de obras. O medo de desabamento fazia parte da rotina dos moradores da região desde o início das obras. A comerciante Itália Souza Pereira, de 57 anos, temia era que ?a casa caísse na cabeça das crianças?. A família mora na esquina das Ruas Conselheiro Ferreira Pinto e Gilberto Sabino, atrás do prédio da Editora Abril. Após ir para um hotel com o marido, dois filhos e dois netos, ela tentou no sábado voltar para buscar roupas e objetos pessoais, mas foi impedida pelos bombeiros, por risco de novos desabamentos. Na garagem, Itália aponta rachaduras de até 2 metros no muro e piso. O temor de perder as casas era o principal assunto na sala do café da manhã do Hotel Golden Tower, onde cerca de 50 famílias lotam 96 apartamentos, com diárias de R$ 164. ?Aqui (no hotel) não falta nada. Só a cama. Não tem igual à cama da gente?, diz o marido, Domingos. No início da tarde, o secretário de segurança pública de São Paulo, Ronaldo Augusto Bretas Marzagão, disse que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) já está trabalhando no laudo sobre as causas do acidente e que um inquérito policial foi aberto para apurar o assunto.

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