Mais presos no MS são transferidos para novo presídio

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Por Agencia Estado
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A possibilidade de uma fuga em massa entre os 1.400 presidiários da Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa, situada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a 220 quilômetros de Campo Grande, resultou na transferência de 51 presos para a recém criada Unidade Prisional de Naviraí, na divisa com o Paraguai, no extremo da mesma região. A operação aconteceu neste domingo, quando policiais civis, militares e rodoviários, em aproximadamente 100 homens, iniciaram os transportes dos presos em ônibus da Secretaria Estadual de Segurança Pública, que entre outras 30 viaturas seguiu em comboio sob a vigilância de um helicóptero da Polícia Federal, transportando policiais atiradores de elite, fortemente armados. Durante a semana que passou, os presos perfuraram dois túneis, um deles com 18 metros de extensão, a apenas seis metros do muro principal da cadeia. Tudo foi providenciado em regime de emergência, segundo as autoridades. Segurança máxima O presídio de Naviraí foi inaugurado oficialmente em março deste ano, e até a semana passada não contava nem mesmo com cadeados para garantir a segurança. A capacidade é para 240 presos, que está sendo preenchida rapidamente. No sábado, foram transferidos para o local, 56 presos da capital, considerados os líderes da rebelião que destruiu a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Na última quarta-feira, 11 presos de Dourados e outros seis de Três Lagoas, na divisa com São Paulo, foram transferidos para Naviraí. No total, as transferências ocorridas nos últimos sete dias somam 123. As ações do gênero são para neutralizar qualquer tentativa de rebelião, fuga ou movimentos que significam perturbações da ordem pública, conforme informam os comandantes do que chamam "Operação Rescaldo". Durante os dias 14 e 15 deste mês, presidiários de Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá e Dourados, promoveram destruições de setores dos presídios dessas cidades, que chegaram a 70% das instalações de cada um deles. A Polícia Militar garante que durante as rebeliões aconteceu somente uma morte em Campo Grande, onde um preso foi decapitado e teve a cabeça exibida pelos assassinos, do alto de uma caixa de água. Foram feitos nos dois dias de desordens nos quatro presídios, com 180 reféns entre visitantes e funcionários do sistema carcerário. Além das transferências de presos, os telefones públicos que têm possibilidade de acesso aos presos foram desmontados dos presídios. Em Campo Grande, além da retirada dos orelhões do presídio de segurança máxima, as ligações feitas ou recebidos dos celulares estão bloqueadas.

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