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Mais um líder do PCC é executado em prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais um dos principais líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi morto ontem. Na tarde de domingo, um grupo de detentos assassinou com dois golpes de estilete Alcides Sérgio Dellassari, o Blindado, na quadra da Penitenciária de Iaras, no interior do Estado de São Paulo. Dionísio César Leite, o Cesinha, integrante do PCC, que cumpria pena no local e era amigo da vítima, também foi morto. Em menos de um ano, foram quatro homicídios cometidos contra integrantes da cúpula do "partido", como é conhecida a organização. Há suspeitas de que exista uma disputa interna de poder. Blindado era um dos chefes mais importantes da facção, atualmente. No ano passado, uma semana depois da megarrebelião promovida pelo PCC em 29 unidades prisionais paulistas, ele estava entre os líderes que ordenaram, por celular, que não houvesse novos motins no carnaval. Os dois assassinatos foram cometidos logo depois do horário das visitas. Às 15h55, Blindado despediu-se da mulher e da filha e voltou para sua cela, no piso da quadra do pavilhão 4. Cesinha, que cumpria pena no andar superior do mesmo local, também retornou. Quando chegava, foi surpreendido por um grupo de detentos que o asfixiou até a morte com uma corda fina, provavelmente feita com um pedaço de lençol. Seu corpo foi arremessado no meio da quadra. Os assassinos desceram as escadas e foram até a cela de Blindado. Luiz Carlos Combinato, Marcos Santos de Jesus, o Hominho, Arílson Martins dos Santos, o Ari, e Rodrigo Leandro Paes arrastaram-no até uma grade. Logo depois, Combinato matou o líder com uma estiletada no coração e outra do lado direito do peito. Acredita-se que os quatro detentos envolvidos no crime integrem o PCC. Em Iaras, não há membros de outras facções. Sem explicações Depois de matar Blindado e Cesinha, o grupo ficou parado na quadra esperando a chegada dos agentes penitenciários. Nenhum deles explicou o motivo dos crimes. "É treta entre a gente", limitou-se a dizer um deles. Ari e Paes já participaram de homicídios em outras prisões paulistas. A delegacia de Iaras abriu inquérito. Os quatro vão responder por homicídio qualificado. O primeiro líder do PCC a ser morto foi Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra. O crime ocorreu em 27 de julho, no anexo de segurança máxima da Penitenciária de Taubaté, interior de SP. Sombra foi espancado e enforcado com um cadarços de sapato, durante o banho de sol. Em 29 de novembro, Jonas Mateus, também integrante da cúpula da facção e um dos seus fundadores, foi morto na Penitenciária de Araraquara. O terceiro líder do PCC assassinado foi Mizael Aparecido da Silva, morto em 19 de fevereiro com golpes de estilete e pauladas, no pátio da Penitenciária de Presidente Venceslau.

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